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Jaru, 22 de novembro de 2024

Três farmacêuticas anunciaram que não vão vender vacina contra Covid-19 a preço de custo

Os laboratórios norte-americanos Pfizer, Merck e Moderna disseram nesta terça-feira (21) que, se conseguirem obter uma vacina contra o novo coronavírus, não a venderão a preço de custo.

Já a Johnson & Johnson e a AstraZeneca concordaram em vender suas vacinas sem lucro, inicialmente. O anúncio foi feito durante uma audiência no Congresso americano.

A Moderna desenvolveu uma das vacinas experimentais mais avançadas, cujos testes de fase três terão início na próxima semana com 30 mil voluntários.

A companhia de biotecnologia recebeu US$ 483 milhões do governo dos Estados Unidos para o financiamento de pesquisa e desenvolvimento, mas, segundo o presidente da farmacêutica, Stephen Hoge, não há contrato de fornecimento para o país.

Julie Gerberding, da Merck, disse que o laboratório não terá uma vacina pronta pelo menos até 2021 e que também não fechou acordo para fornecer aos EUA. De acordo com John Young, da Pfizer, o preço da vacina da fabricante será avaliado e levará em conta a atual emergência global de saúde.

Por outro lado, a AstraZeneca, parceira da Universidade de Oxford no desenvolvimento de uma das vacinas em estágio mais avançado hoje, assinou um contrato de US$ 1,2 bilhão com a agência Barda, do governo norte-americano. Eles preveem a entrega de 300 milhões de doses a preço de custo. A União Europeia assinou acordo semelhante em junho.

A fórmula da vacina britânica já está sendo testada no Brasil e na África do Sul após etapas bem-sucedidos no Reino Unido. Em São Paulo, os estudos são liderados pelo Crie (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A infraestrutura médica e de equipamentos é financiada pela Fundação Lemann. No Rio, os testes ficam a cargo do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e da Rede D’Or, que vai cobrir os custos da primeira fase da pesquisa.

A Johnson & Johnson, financiada pela Casa Branca em US$ 456 milhões, afirmou que o preço de mais de um bilhão de doses não vai gerar lucro durante a fase de emergência.


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