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Jaru, 23 de outubro de 2024

Paciente é dado como morto, família prepara velório mas vê outro no caixão

Uma família de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, passou pela dor da perda de um parente duas vezes. Júlio de Araújo Esteves, de 78 anos, estava internado há 15 dias no Hospital das Clínicas de Côrreas  (HCC) e foi dado como morto, por engano. Os parentes chegaram a providenciar velório e enterro, levando até o terno usado no casamento de Júlio, mas quando abriram o caixão, não era ele. Júlio ainda estava vivo e internado no HCC, mas morreu nove dias depois do primeiro susto da família. O caso foi registrado na 105ª Delegacia de Polícia da cidade.

Parecia coisa de filme, de novela mexicana, contando ninguém acredita”
Sérgio Luiz Esteves

Segundo informações da família de Júlio, o idoso estava internado com arritmia cardíaca e pneumonia. O comunicado da “falsa morte” foi feito no dia 2 deste mês. Parentes que moram em Minas Gerais foram avisados e se deslocaram até Petrópolis para acompanhar o funeral.

“Parecia coisa de filme, de novela mexicana, contando ninguém acredita”, disse Sérgio Luiz Esteves, filho de Júlio, contando que sentiu tristeza pela morte e alívio por ter sido um engano.

Já Alberto Fonseca de Carvalho, genro do paciente, contou que a família passou por muito desespero. Após constatar que o morto não era Júlio, a família seguiu para o hospital, questionando onde estava o paciente. A unidade de saúde pediu desculpa, ainda o genro, mas a família não acredita em equívoco, e sim, um erro.

Júlio de Araújo Esteves, de 78 anos, estava vivo na unidade hospitalar (Foto: Reprodução / Inter TV)
Família foi ao hospital e encontrou Júlio de Araújo
vivo no leito do hospital (Foto: Reprodução / Inter TV)

“Primeiro fiquei muito feliz de ver que não era meu pai, mas depois corremos para o hospital e ele estava lá, dormindo”, lembrou o filho. No dia do engano, o diretor da unidade de saúde chegou a afirmar que iria abrir um processo administrativo para apurar o caso.

No dia 11 deste mês, nove dias após o engano cometido pelo hospital, Júlio realmente morreu, foi velado e sepultado no Cemitério Municipal de Petrópolis. Na delegacia da cidade, o caso foi registrado como fato atípico, pois não houve crime, mas houve sofrimento.

“A dor foi muito grande, pela segunda vez. Vou demorar pra esquecer isso e espero que nenhuma família passei pelo o que eu passei”, afirmou Sérgio.

A família revelou que pretende acionar judicialmente o Hospital das Clínicas de Côrreas pedindo o ressarcimento do valor gasto com as passagens dos parente que vieram de Minas Gerais. No entanto, a diretoria da unidade de saúde afirmou, por telefone, que não vai se pronunciar sobre o caso.


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