A estudante Natália Cristina Borges, 30, em meio a goles de cerveja, disse ter se dirigido, neste domingo (25), para a porta de local de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em Belo Horizonte, para ver o “show de horrores” proporcionado pelos candidatos que chegam atrasados e não conseguem acessar o local de prova. Ela e a irmã Maria Alice Borges, 23, postaram-se no portão de entrada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), no bairro Coração Eucarístico, na região noroeste de Belo Horizonte. “Vim ver o show de horrores, a desgraça alheia, antes de eu ir para uma festa de cerveja”, disse sorrindo a estudante. Vestida com roupa típica alemã, a mulher afirmou quase ter perdido a prova do Enem, em 2010, e, por isso, sabe como é difícil para quem se atrasa.”Eu tive que descer do carro e sair correndo. Depois disso, nunca mais me esqueci do momento de pânico que passei”, disse ela, que afirmou cursar engenharia mecatrônica na PUC-MG. Ela disse que a roupa típica seria em razão de ela estar indo a uma festa no bairro Cruzeiro, na região centro-sul de Belo Horizonte e resolveu dar uma passada na PUC. O número de atrasados no local, neste domingo, foi de seis candidatos. Natália, no entanto, não afirmou se ficou satisfeita. Uma das candidatas atrasadas afirmou ao UOL ter perdido o horário da prova em razão de ter parado o carro em um posto de combustível. “Eu parei para abastecer o carro e me atrasei”, resumiu Jéssica dos Santos, 22. Ela afirmou que queria cursar direito. A garota disse ter saído de casa às 11h30. Os demais atrasados não quiseram falar com a imprensa.
