Quatro homens foram presos em Rondônia na ‘Operação Rastreio’, nesta quinta-feira (19), suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em roubar caminhonetes no Brasil para levá-las à Bolívia. Segundo o delegado Fábio Campos, a quadrilha tinha até motorista próprio e pontos de apoio em estradas vicinais em Rondônia para passar com os veículos roubados.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil ainda na parte da manhã. Cinco mandados de prisão e um de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça Estadual para serem cumpridos nos municípios de Vilhena (RO), Cacoal (RO) e Rolim de Moura (RO). Felipe Prudente Campos foi o único assaltante não localizado e está foragido.
A ‘Operação Rastreio’, segundo o delegado regional Fábio Campos, visa a desarticulação de um grupo criminoso envolvido em roubos de caminhonetes e caminhões para serem levados e vendidos ilegalmente na Bolívia.
“O trajeto que eles faziam era bem pontual: os suspeitos não iam por Guajará-Mirim, mas sempre descendo por Mato Grosso, pela cidade de Cáceres ou Vila Bela. Eles tinham motoristas próprios e pontos de apoio em estradas vicinais de Rondônia para ajudar na fuga com os veículos”, explica o delegado.
A preferência dos criminosos, segundo Fábio, eram por veículos de grande porte, pois facilitava na comercialização com o outro grupo que atuava no país vizinho. Já em solo boliviano, os suspeitos trocavam os carros por drogas.
Armas foram apreendidas na Operação Dreno em Rondônia — Foto: Polícia Civil/Divulgação
De acordo com a Polícia Civil, duas pessoas que participavam da organização foram presas em Vilhena, uma terceira em Colorado do Oeste e outra no município de Rolim de Moura. Os suspeitos podem ser condenados pelos crimes de roubo e associação criminosa, podendo a pena chegar a 33 anos de prisão.
Suspeito foragido
Felipe Prudente Campos, que integrava a quadrilha, está foragido. A polícia afirma que Felipe agenciava os outros participantes do grupo e dava suporte nas fugas.
O delegado da Polícia Civil afirma que os suspeitos agiam de forma violenta contra as vítimas, mantendo-as em cárcere privado enquanto outros envolvidos levavam os veículos roubados para Mato Grosso, estado que faz fronteira com Rondônia.