O mercado ilegal de cigarros deve movimentar R$ 22 milhões em Rondônia em 2019. Os dados são do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), elaborados em parceria com a Receita Federal.
Segundo aponta o instituto, divulgada neste mês de dezembro, 41% dos cigarros que circulam no estado são contrabandeados do Paraguai. O número é considerado alto pelas autoridades, porém houve uma queda em relação ao ano passado, quando o contrabando correspondia a 50% do cigarro consumido em Rondônia.
Devido ao comércio ilegal de cigarros, o ETCO estima que o governo estadual deve deixar de arrecadar R$ 49 milhões em impostos neste ano.
Os municípios mais afetados pelo contrabando de cigarros são Campo Novo de Rondônia, Monte Negro, Rio Crespo, Nova União, Castanheiras, Porto Velho e Alto Paraíso.
Segundo o ETCO, o preço baixo do produto ilegal é o principal atrativo para que os consumidores migrem do mercado legal para o ilegal. Uma pesquisa do Ibope indica que, na região Norte, o cigarro ilegal é vendido por R$ 3,51, em média, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo para o cigarro legal no Brasil é de R$ 5.
Apreensões em 2019
Várias cargas de cigarro contrabandeado foram apreendidas ao longo do ano pela polícia. Em novembro, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou mais de 110 mil maços de cigarro em um caminhão na BR-364.
Em outubro, dois homens foram presos com cerca de 105 mil carteiras de cigarros paraguaio. Eles seguiam em um caminhão de Mato Grosso do Sul e seguiriam até Ji-Paraná (RO).