Fachada do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, da Asa Norte. — Foto: TV Globo/Reprodução
Pais revoltados
As crianças fotografaram o conteúdo escrito pelo docente na lousa e gravaram áudios durante a aula. A corretora de seguros Vanessa Damares, mãe de um dos estudantes, disse que ficou chocada com o conteúdo apresentado pelo professor.
“Primeiro que aquilo ali não é educação sexual. Eu acho que aquilo é pornografia, uma coisa vulgar coisa que criança nenhuma merece passar por isso.”
Já a administradora Adriana Sarino contou que o filho não conhecia as expressões antes do educador apresentá-las em sala. “Fiquei perplexa porque o meu filho só tem 12 anos e dessas palavras quase nenhuma ele conhecia ainda”, afirmou a mãe.
O diretor do CEF 104 e, pelo menos, cinco famílias registraram queixa contra o professor na Polícia Civil.
“O professor de português do 6º ano havia ministrado aula com conteúdos e palavreados completamente inadequados e fora do currículo escolar”, diz a ocorrência.
Professor Wendel Santana tinha contrato temporário com a Secretaria de Educação até o fim de 2019 — Foto: TV Globo/Reprodução
O que diz o professor?
O professor Wendel Santana diz que “não recebeu treinamento adequado”. Segundo ele, não houve qualquer instrução por parte da escola e o que propôs foi um exercício de linguagem.
“A linguagem que eles trazem pra mim é uma linguagem totalmente informal. Foi isso que eu vi. O exercício que eu propus foi trazer essa informação de linguagem informal e adaptá-la para uma linguagem formal, que é a linguagem da educação de fato”, afirmou Wendel.
O que diz a Secretaria de Educação?
A Secretaria de Educação do Distrito Federal disse que vai rescindir o contrato do professor, que é temporário. “As autoridades policiais já foram comunicadas pela direção da escola e os estudantes receberão o devido apoio do Serviço de Orientação Educacional”, informou a pasta.
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