Na noite de 14 de agosto, Sebastian Moylan se suicidou aos 27 anos. Poucas horas depois, com autorização da Suprema Corte da Austrália, um médico foi ao necrotério e retirou sêmen do cadáver.
A janela para a retirada de sêmen de um morto é de 24 horas. Jermimah, a esposa, terá prazo de dez anos para usá-lo.
“Isso me traz alguma forma de encerramento de algo e de esperança de ter uma família com o único homem com o qual quis tê-la”, disse Jermimah ao “Daily Mail Australia”. “Ele teria sido um pai incrível”, acrescentou ela, que se casara em 2015.
A batalha judicial ainda não está finalizada. A australiana precisará de uma nova autorização para o uso do sêmen do falecido.
O irmão dela, Drew, abriu uma conta no site de financiamento coletivo “GoFundMe” para cobrir os custos do procedimento da fertilização in vitro.
“Sebastian sempre sonhou ter uma família e viver feliz, mas ele pôs fim à vida. Por razões associadas a doença mental, ele não estará aqui para curtir a família”, afirmou ele.
A extração de sêmen de um cadáver é extremamente rara. Nos anos 1990, um caso no Reino Unido teve grande repercussão. Diane Blood lutou longamente na Justiça pelo direito de usar o esperma do marido, colhido quando ele já tinha morte cerebral. Ela teve dois meninos. Os procedimentos foram feitos n Bélgica.
Em junho deste ano, Jennifer Gaffney, de 35 anos, britânica radicada na Austrália, ganhou o direito de usar o sêmen retirado do cadáver do marido para ter o segundo filho.
Fonte:Extra