A Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste finalizou a investigação sobre o assalto ocorrido na noite do dia 29 de março, quando uma quadrilha de bandidos armados invadiu uma residência na Rua Santos Dumond, rendeu uma família até a manhã do outro dia e fugiu levando a caminhonete Toyota Hilux SW4 de cor cinza, oito celulares, um drone, um ultrabook, TV de 48 polegadas, um Xbox e uma quantia em dinheiro de duas das vítimas que foram mantidas reféns.
Para roubar a caminhonete e entrega-la na Bolívia, via Guajará-Mirim, pelo valor de R$ 10 mil, os bandidos que se auto intitulam membros da Facção Comando Vermelho fizeram reféns o casal, um empresário dono de um escritório de assessoria e uma professora da rede pública, dois filhos, uma idosa de 78 anos e um homem de 50 anos com síndrome de down, e parentes que visitavam as vítimas.
Foram apresentados ontem na Delegacia Civil da cidade Jeisna Andrade de Morais, 27 anos, que responde na Justiça por tráfico e usava tornozeleira eletrônica à época do crime, Rafael Niza Pires, 19 anos, Kleberson dos Santos de Souza, vulgo “Titela”, 19 anos, e Weverton Gomes Diniz, vulgo “mãozinha”, 39 anos, apontados como quatro dos sete integrantes da quadrilha que efetuou o roubo e depois vendeu a caminhonete na Bolívia por R$ 10 mil.
Kleberson dos Santos de Souza, o “Titela”, 18 anos, se encontra preso em Ji-Paraná, o menor D. e Davi Duran estão foragidos.
A investigação que conseguiu coletar elementos de convicção acerca da autoria do crime foi realizada pelo Serviço de Investigação e Captura (SEVIC) da Polícia Civil de Ouro Preto. Investigadores apuraram que o bando armado que invadiu a casa do empresário e da professora era composto de sete integrantes, incluindo um menor de idade que é de Ji-Paraná.
Um apenado de Ji-Paraná orquestrou o crime. Davi Duran, Titela, Rafael e o menor D. entraram na casa e mantiveram a família refém, enquanto Jeisna ficou na casa de apoio dando toda a cobertura para o crime. Jeisna atualmente é amasiada de Ravelli Luiz, que está preso na cadeia pública de Alvorada do Oeste.
De acordo com a investigação, Weverton mãozinha emprestou a conta bancária em nome de sua mãe, da agência CAIXA/OPO, para que o bandido boliviano que encomendou a SW4 enviasse o valor combinado para os autores do assalto ratear o lucro com a venda do veículo roubado. Segundo a polícia, Rafael Niza foi quem escolheu a família que seria vítima do assalto.
A operação desta quarta, coordenada pelo delegado Niki Alves Locatelli, contou com o apoio de uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) vinculada ao DENARC em Porto Velho, chefiada pelo delegado Willian Sanches.
O delegado Niki Locatelli informou que outro integrante do bando se encontra foragido, e um apenado de Ji-Paraná que forneceu o contato na Bolívia ainda não foi identificado. Davi Duran de lima está foragido.
CAÍRAM UM POR VEZ
Os acusados de praticar o roubo na residência de uma família em Ouro Preto do Oeste deixaram rastros desde quando praticaram o crime, e iniciaram desentendimentos ainda na partilha dos bens roubados que não seriam levados para a Bolívia.
O primeiro a cair foi Rafael Niza, que foi preso pela PRF com uma arma de fogo cinco dias após o roubo, usando uma das camisas do empresário levada na noite do crime. Quando a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Jeisna, os agentes encontraram numa bolsa batons da professora e outros pertences das vítimas.
O delegado Niki Locatelli elogiou o trabalho minucioso realizado pelos agentes da equipe de investigação que foram desvendando passo a passo todos os atos dos criminosos. “É um trabalho delicado, demorado, mas a perseverança e o profissionalismo dos policiais prevalecem e a sociedade é quem sai ganhando com a retirada das ruas dessas pessoas perigosas”, concluiu o delegado.
Jeisna foi solta com uso de tornozeleira e gozava de liberdade vigiada quando participou do assalto em Ouro Preto do Oeste
Fonte: www.correiocentral.com.br