A direção da Santa Casa de Misericórdia de Pontes e Lacerda afirmou há pouco que os cinco primeiros feridos que foram soterrados no garimpo da Serra do Caldeirão estão fora de perigo. Um dos garimpeiros está com uma fratura, mas nada grave.
Outra informação da direção do hospital é que não existe nenhum trabalhador morto na região. “Muitas informações desencontradas foram repassadas, mas confirmamos há pouco que ninguém morreu”, disse o jornalista Charles Torres.
Os cinco feridos que estão sendo atendidos na Santa Casa de Pontes e Lacerda são: Adélio Aquino Correia, Osmar Santana de Lima, Diéferson Jardim Lima, Matheus Fagundes Nieczay e Cristiano Soares dos Santos. Ainda não se sabe os locais de origem deles.
Charles Torres
Várias pessoas da cidade acompanharam a chegada dos feridos na unidade médica da Santa Casa
“Passamos os nomes dos feridos aqui na frente do Hospital porque tinha muita gente preocupada. Até agora a frente da Santa Casa está lotada. Estamos trabalhando de maneira rápida e ordeira para tentar liberar os pacientes logo. Muitos deles estão apenas com ferimentos leves. Só um teve fratura”, disse uma atendente do hospital, que preferiu não se identificar.
Assim que recebeu a informação do deslizamento de terra, o delegado Gilson Silveira foi até o garimpo da Serra do Caldeirão verificar de perto a situação.
Nesta terça-feira (20) a Força Nacional chega em Pontes e Lacerda para a retirada dos garimpeiros, que insistem em ficar no local mesmo após o incidente. Hoje a Polícia Rodoviária Federal esteve no local e notificou os garimpeiros sobre a saída. O acidente deu ainda mais força à decisão judicial que determinou o fechamento da área.
André Romeu/HiperNotícias
Acidente aconteceu na Serra do Caldeirão, onde desde o final do mês de agosto reúne milhares de pessoas em busca de ouro
Na noite de sábado para domingo não choveu na cidade de Pontes e Lacerda, mas nuvens carregadas anunciam a chegada dela em breve. O fotógrafo André Romeu registrou raios sobre a Serra do Caldeirão, o que não assustou os garimpeiros que continuaram os trabalhos. “Só saio daqui quando chover e acabar o garimpo”, disse um dos trabalhadores do local.
A chuva deverá encerrar de vez as atividades do garimpo, já que transformará a terra solta — parecida com areia — em lama, dificultando muito o trabalho no local.
André Romeu / HiperNotícias
A chuva deverá encerrar de vez as atividades do garimpo, já que transformará a terra em lama, inviabilizando o trabalho no local.