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Jaru, 29 de novembro de 2024

Africanos mantêm domínio, vencem a São Silvestre, e jejum brasileiro segue

Cerca de 30 mil pessoas de 42 países correram a 91ª edição da tradicionalíssima São Silvestre por ruas e avenidas de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, último dia de 2015. Completar a prova festiva de 15km já é uma grande alegria para a maioria delas, mas são os africanos quem têm mais uma vez os maiores motivos para celebrar. Campeão da Maratona de Nova York deste ano, o queniano Stanley Biwott venceu a disputa masculina, com o tempo de 44min31s, e aumentou o jejum brasileiro que perdura desde 2010. Giovani dos Santos ficou com a quinta colocação. Dentre as mulheres, a seca nacional é ainda maior. Com o segundo triunfo seguido da etíope Ymer Ayalew, que fez o tempo de 54mins01, o jejum brasuca pode completar dez anos em 2016 – dentre as brasileiras, Sueli Pereira ficou com a quarta colocação e Joziane Cardoso foi a quinta. (Confira no vídeo acima como foi a prova masculina).

– Foi uma grande vitória. A corrida foi fantástica. É um percurso muito difícil, senti muito a umidade. Estou muito feliz por ser o campeão da São Silvestre 2015 – disse Biwott.É realmente uma tarefa dura conseguir correr os 15 mil metros no mesmo ritmo de quenianos e etíopes. As longas pernas do atletas dos países da África parecem motores fabricados para deixar o asfalto para trás o mais rápido possível. Quinto colocado no ano passado, Giovani dos Santos aproveitou a temperatura confortável de 24 graus e conseguiu ficar no pelotão de elite. Porém, antes mesmo de completar a metade da corrida, a feição do mineiro de 33 anos já indicava o quão duro seria lutar pela primeira vitória brasileira desde que Marílson dos Santos conquistou o tricampeonato, há seis edições.

Giovani dos Santos São Silvestre quinto lugar atletismo (Foto: Estadão Conteúdo)
Giovani dos Santos cruza em quinto como o melhor brasileiro 

Na subida da rua Brigadeiro Luís Antônio, os africanos dispararam, e a disputa ficou restrita a eles. Stanley Biwott chegou a ser ultrapassado na reta final pelo etíope Leul Aleme, mas logo recuperou a posição e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Agora, ele pode se gabar que é campeão em duas das maiores cidades do mundo: Nova York e São Paulo.

Dentre as mulheres, a brasileira Roselaine de Souza Ramos liderou a prova até pouco depois do fim da Avenida Pacaembu, cerca de 3km do percurso. Depois, ela ficou para trás e um pelotão de nove atletas passou a ditar o ritmo. Eram seis africanas, as brasileiras Joziane Cardoso e Sueli Pereira, além de uma peruana.

A briga seguiu intensa até a metade da dura subida da rua Brigadeiro Luís Antônio. A partir daí, a etíope Ayalew, a queniana Delvine Meringor e Failuna Matanga, da Tanzânia, descolaram do grupo e protagonizaram a disputa pela vitória. Acabou dando o bi de Ymer Ayalew, que vibrou muito ao cruzar a linha de chegada, na mesma avenida Paulista da largada, em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo. Melhor brasileira na corrida, Sueli Pereira ficou com a quarta colocação. Joziane Cardoso passou mal logo após cruzar a linha de chegada em quinto e precisou ser retirada de maca. (Confira no vídeo abaixo como foi a prova feminina). 

– Agradeço aos brasileiros pela hospitalidade. Eu sempre tento fazer meu melhor porque quero ganhar sempre. Consegui novamente aqui – comentou a vencedora.

PÓDIO MASCULINO

1 – Stanley Biwott (QUE) – 44m31s
2 – Leul Aleme (ETI) – 44m34s
3 – Feyisa Gemechu (ETI) – 44m38s
4 – Edwin Kipsang (QUE) – 44m41s
5 – Giovani dos Santos (BRA) – 44m58s

PÓDIO FEMININO

1 – Ymer Ayalew (ETI) – 54m01s
2 – Delvine Meringor (QUE) – 54m03s
3 – Failuna Matanga (TAN) – 54m11s
4 – Sueli Pereira (BRA) – 54m15s
5 – Joziane Cardoso (BRA) – 54s22s

São Silvestre 2015 em São Paulo - atletismo corrida de rua (Foto: Marcos Ribolli)
Amadores dão um colorido especial para a São Silvestre
São Silvestre 2015 em São Paulo - atletismo corrida de rua - corredor se fantasia de tocha olímpica (Foto: Marcos Ribolli)
No clima olímpico, corredor amador corre fantasiado de tocha olímpica do Rio 2016

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