De acordo com o Jornal Folha do Sul On Line, o delegado regional da Polícia Civil em Vilhena, Fábio Henrique Campos, revelou que o principal articulador do massacre ocorrido no final de semana na cidade é o agricultor Pedro Arrigo, que já participou de outros conflitos agrários e chegou a ser preso, acusado de liderar invasões de terras. Ele arquitetou os crimes e teria comandado um grupo de seis pessoas que executaram as vítimas a tiros, antes de incinerarem os corpos.
Fábio Campos, que conduz as investigações já pediu a prisão de Arrigo, que está foragido desde a data da chacina. Além dele, os outros cinco suspeitos também estariam escondidos em áreas rurais do Cone Sul. Policiais que utilizam até helicópteros, tentam encontrar o paradeiro dos assassinos, que podem ter fugido em direções diferentes.
Classificado pelas autoridades policiais como violento, Pedro já foi acusado de tentar matar um agricultor. Ele e a esposa, que comandam uma associação de sem-terra, também chegaram a acionar a polícia, alegando estarem sendo ameaçados. Ambos negam cometer violência durante as ocupações.
A Chacina
Segundo a Folha de Vilhena, o conflito agrário na área rural de Vilhena deixou cinco mortos e um baleado no sábado, na Fazenda Vilhena, onde, na última quinta-feira, a Polícia Militar foi cumprir mandado de reintegração de posse. A após a reintegração, três funcionários da fazenda estavam no local para construir cerca. Porém, outras três pessoas que são vizinhos e possuem sítios no Assentamento Vilhena, estavam conversando quando quatro homens armados chegaram e começaram a atirar.
Dois conseguiram fugir para mata, inclusive um que foi baleado nas costas e está internado no Hospital Regional de Vilhena.
De acordo com a Polícia, o primeiro a morrer foi José Bezerra dos Santos, de 64 anos, executado a tiros. Seu corpo foi levado para o meio da mata. Encontrado neste domingo, por volta das 11h30, por policiais do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar (NI).