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Jaru, 25 de novembro de 2024

Ex-deputada Ana da 8 é condenada a 6 anos de prisão por corrupção passiva em RO

A ex-deputada estadual Ana Lúcia Dermani de Aguiar, conhecida como Ana da 8, foi condenada a 6 anos de reclusão – mais 150 dias/multa – por corrupção passiva, na tarde desta terça-feira (29). A informação foi confirmada ao G1 pela assessoria do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO). A condenação foi articulada na 1ª Vara Criminal de Porto Velho. Da decisão, cabe recurso.

A ex-deputada estadual é uma das investigadas na Operação Termópilas, deflagrada em novembro de 2011, e deve cumprir a pena inicialmente em regime semiaberto.

Segundo o titular da Vara, Francisco Borges Ferreira Neto, a ré solicitava e recebia vantagem econômica indevida. Em 2015, a ex-deputada chegou a ser presa por suspeita de peculato – desvio de dinheiro público. À época, a prisão foi em cumprimento de mandado expedido pelo juiz Edvino Preczevski, da 2ª Vara Criminal.

De acordo com o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), o motivo da prisão foi devido ao fato de ela ter faltado as audiências em um processo que responde pelo crime.

G1 tentou localizar a defesa da ex-deputada estadual. Porém, até o fechamento desta publicação, não foi encontrado.

A operação

A ação desarticulou uma quadrilha que fraudava licitações em Rondônia. O grupo criminoso seria chefiado pelo então presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Valter Araújo Gonçalves.

De acordo com as investigações, o ex-deputado mantinha um esquema fraudulento de contratos por licitações de serviços prestados a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), ao Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) e ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com ajuda de empresários e de deputados estaduais, segundo o MP.

Conforme o TJ-RO, a Polícia Federal apreendeu a quantia de R$ 39 mil que estava escondida no interior da residência da deputada em 2011. A polícia também achou uma quantia em dinheiro que estava em uma caixa de papelão, na qual estava escrita “55 mil reais”.

Ainda de acordo com o tribunal, também foram encontrados na casa da ré três recibos assinados por Valter Araújo: um no valor de R$ 16.518 mil e outros dois de R$ 16.114 mil cada um.


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