Rondônia registrou um aumento de 13% nos casos de infecção de malária em 2018, se comparado ao ano anterior. Foram mais de 7 mil casos distribuídos em 34, dos 52 municípios do estado. Porto Velho registrou o maior índice dentre os municípios, com 3294 casos. Os períodos chuvosos de setembro a outubro, são historicamente os meses que mais elevam quantidade de registro da doença.
Os dados fazem parte do levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, que também apontou crescimento de 19% nos casos notificados no estado, chegando a 9321 registros da doença. As áreas de assentamento e terras indígenas apresentam um percentual de 64% de aumento da doença, seguidas do garimpo, com 40% e áreas rurais com 11%.
“Casos notificados, são aqueles que a gente tratou, daí tem do Amazonas, Mato Grosso e Acre. Agora, por infecção, são os nossos casos locais. Ou seja, daqui do estado são os 7608. Tanto, que quando pedimos medicamentos, é de acordo com a quantidade de casos notificados, porque se não, não dá para tratar todo mundo”, explica Willis Almeida Damasceno, da Coordenação de Malária Municipal.
Segundo o coordenador, os picos de crescimento no período chuvoso são derivados da redução das campanhas que são realizadas nas residências. Fatores em decorrência do crescimento migratório também são apontados como catalisadores para o aumento dos casos.
Municípios com maior índice de infecção de malária no estado
- Porto Velho: 3294 casos
- Candeias do Jamari: 1687 casos
- Ariquemes: 615 casos
- Itapuã do Oeste: 486 casos
- Machadinho D’Oeste: 335 casos
- Cujubim: 321 casos
- Guajará-Mirim: 316 casos
- Alto Paraíso: 198 casos
- Nova Mamoré: 192
- Rio Crespo: 53
Sintomas, Prevenção e tratamento
Rondônia registra cerca de 7 mil casos de malárias — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
A malária é transmitida exclusivamente por meio da picada da fêmea infectada por um protozoário. Dentre os sintomas estão febre, tremores e dor de cabeça. Algumas pessoas também apresentam náuseas, cansaço e vômito.
Existem algumas medidas que podem ser adotadas para se evitar a doença, dentre elas, uso de mosquiteiros, roupas que protejam as pernas, além de telas em portas e janelas.
Caso seja confirmado a infeção, o paciente passa a receber tratamento fornecido gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos são fornecidos de acordo com a espécie do protozoário, idade do paciente e condições de saúde.