Jaru Online
Jaru, 30 de janeiro de 2025

Após novo vexame, futuro do futebol brasileiro é preocupante

A recente derrota da Seleção Sub-20 por 6 a 0 para a Argentina reacende o alerta no futebol brasileiro. Ao longo de quase duas décadas, nosso futebol  deixou de ser protagonista no cenário mundial. As próprias apostas feitas com o código Betano mostram que, para grande parte dos torcedores, a “amarelinha” já não é mais a seleção a ser batida.

 

No último ano, por exemplo, o Brasil fez uma péssima campanha na Copa América. Não bastasse isso, também acumulou tropeços e maus resultados nas Eliminatórias Sul-Americanas.

 

Vale lembrar que, no início de 2024, a Seleção Sub-23 não conseguiu carimbar sua vaga às Olimpíadas de Paris. E agora, em 2025, o Brasil sofre uma derrota humilhante para a Argentina, sua maior rival, no Sul-Americano Sub-20.

 

E tudo isso vem na esteira de quase duas décadas de péssimas campanhas na Copa do Mundo, em que só uma vez, em 2014, o Brasil conseguiu ir além das quartas de final. Mas era melhor nem ter ido, porque naquela oportunidade sofreu uma sonora derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal.

 

Cenário difícil para 2026

 

Portanto, os maus resultados de agora não são apenas uma fase ruim. Algo está errado no planejamento do futebol brasileiro e, como consequência, os vexames vêm se acumulando ao longo dos anos.

 

Basta ver a sucessão de trapalhadas para a definição do novo treinador da seleção brasileira. Primeiro, foi dado como certo um acordo com Carlo Ancelotti. Enquanto o italiano não chegava, porém, Fernando Diniz foi anunciado como interino.

 

Aí já havia um grande erro, uma vez que o estilo de Diniz nada tem a ver com o de Ancelotti. Pois bem, após meses de espera, o italiano, que jamais havia confirmado um acerto para treinar o Brasil, anunciou que não deixaria o Real Madrid.

 

E Fernando Diniz, que era o interino, foi dispensado pela CBF, que optou por trazer Dorival Júnior, um treinador que jamais havia sido considerado um dos principais do país.

 

Essa bagunça exemplifica por que o futebol brasileiro chegou no estágio atual. E a pouco mais de um ano para a Copa de 2026, o cenário é de pessimismo.

 

Vini Jr. e jovens revelações

 

Um dos poucos aspectos positivos é o fato de que, após 17 anos, o Brasil voltou a ter um jogador escolhido como o melhor do mundo. Vini Jr., principal nome do Real Madrid nos últimos anos, faturou o prêmio da Fifa e subiu alguns degraus em sua carreira.

 

Agora, o que muitos torcedores se perguntam é se sua recente conquista individual lhe dará mais confiança para que ele possa mostrar, com a camisa do Brasil, o mesmo futebol que apresenta no Real Madrid.

 

Não é novidade para ninguém que Vini Jr. ainda está devendo pela Seleção Brasileira, como a última Copa América confirmou. Mas quem sabe o prêmio de melhor do mundo não possa ser o combustível que faltava para ele decolar de vez com a “amarelinha”.

 

E, além dele, há alguns jovens promissores, como Estêvão, que ajudam a dar alguma esperança ao torcedor brasileiro. Já acertado com o Chelsea, a revelação do Palmeiras tem enchido os olhos dos fãs de futebol.

 

A temporada 2025 poderá ser sua chance de se afirmar no cenário nacional e, a partir do meio do ano, internacional, já que ele se mudará para a Inglaterra.

 

Ou seja, já que o planejamento do futebol brasileiro não funciona, resta aos torcedores confiar no talento individual dos jogadores. Historicamente, aliás, esse sempre foi o motor do nosso futebol. Acontece que, nos dias atuais, não se pode mais confiar apenas nisso – mas a triste realidade é que não temos outra escolha.

 


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