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Jaru, 30 de abril de 2024

Cubana aposta em validar diploma para atuar em Rondônia após saída de Cuba do Mais Médicos

Com o fim do acordo entre Brasil e Cuba no programa ‘Mais Médicos’, os profissionais cubanos devem retornar ao país de origem. Porém, no interior de Rondônia, uma médica decidiu permanecer para tentar validar o diploma e continuar trabalhando no estado.

Edelmis Tamayo Ávila, de 50 anos, se casou no país há dois anos e, com a saída do Mais Médicos, teve uma passagem aérea reservada para o dia 8 de dezembro para retornar a Havana, mas recusou e decidiu ficar em Cacoal.

A cubana chegou ao Brasil em fevereiro de 2014 e desembarcou em Brasília (DF) através do programa. No mês seguinte, ela foi encaminhada para Cacoal (RO), em Rondônia, pelo Ministério da Saúde.

“Confiaram no nosso trabalho e isso para nós foi muito importante. Eu acho que eles já confiavam na medicina cubana, pois já tínhamos antecedentes de trabalho no mundo inteiro”, disse a médica.

A parceria entre Cuba e Brasil terminou no dia 14 de novembro. Desde então, Edelmis Tamayo parou de prestar o serviço em Cacoal.

“Tinha renovado o contrato por três anos. Meu plano era concluir esse período de trabalho e, em seguida, retornar para o meu país. Ai aconteceu essa situação política e terminamos com a nossa missão. Fica todo o conhecimento, a base”, contou.

“A missão começa, mas pode terminar a qualquer momento. Estava preparada para isso também”, afirmou Edelmis.
Edelmis atuou por mais de quatro anos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Nova Esperança. Foram atendidos, em média, 25 pacientes por dia. Mais de 250 por mês.

Além dela, outros 151 médicos cubanos trabalhavam em Rondônia. Em Cacoal era apenas Edelmis. Por conta da saída repentina da profissional, a unidade onde prestava atendimento ficou sobrecarregada.

“Para nós foi uma surpresa. Esse atendimento tem feito muita falta. Nós já tínhamos uma agenda de atendimento programado para o mês. E não é só a falta do atendimento, mas da pessoa. Ela já era parte da equipe e não tem como não sentir falta”, destacou a gerente da unidade Maria Aparecida Mendes.

Com a saída do Mais Médicos, Edelmis teve uma passagem aérea reservada para o dia 8 de dezembro para retornar a Havana, mas decidiu ficar em Cacoal.

Faz dois anos que se casou no Brasil e agora a intenção é continuar estudando para tentar validar o diploma. “Vou estudar muito, pois acho que quanto mais estudar, mais poderei ajudar os outros”, acreditou.

Fonte Por Jhonatas Trindade e Magda Oliveira, Rede Amazônica, G1 Cacoal e Zona da Mata

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