Não agora, mas quem sabe um dia não terão, os rondonienses que viajam de avião, algumas boas notícias? Porque atualmente elas são muito ruins. O aeroporto internacional de Porto Velho, que de internacional só tem o nome, está em obras há meses e outros tantos levará para ficar pronto. Os três voos principais, que chegam e saem no começo da madrugada, estão sempre lotados. Durante cerca de mais ou menos uma hora e meia, incluindo embarque e desembarque, ele se transforma no caos. Imagine-se tanta gente esperando numa fila quilométrica, para entrar no único acesso às áreas de embarque, por uma única porta e, depois de longo tempo, passar na única sala com um só equipamento de detecção de metais da Polícia Federal, até que se chegue perto do portão de embarque. Solte a imaginação, caso você não seja uma das vítimas do amontoamento e da lentidão, para descrever mentalmente o sistema que, até numa rodoviária de uma cidade de médio porte, seria um castigo ao usuário. Depois de chamado para o embarque, caso você seja um idoso ou tenha alguma deficiência, prepare-se para uma espécie de exercício físico forçado, caminhando entre tapumes e desvios, até chegar à aeronave. Você verá dois enormes fingers que já estão sendo instalados, enquanto caminha um longo trecho pela pista. Se for um velhinho, está ferrado. Chegará no avião em estado de calamidade. Qual a boa notícia, então? É que as obras estão andando. Lentas, mas indo. Por isso, há uma resga de esperança de que, neste quesito hoje deprimente, haverá avanços quando tudo estiver pronto. Mas há ainda outras questões: os da falta de voos e dos preços abusivos das tarifas. Para ambas, surge uma pequena, mas promissora luz no final do túnel: a concorrência.
Por unanimidade, a Comissão de Infraestrutura do Senado, aprovou projeto que autoriza empresas aéreas internacionais a terem rotas em toda a Amazônia. O movimento começou com vários deputados e senadores (entre eles a deputada Cristiane Lopes, de Rondônia) propondo projetos neste sentido. Agora, o assunto será debatido na Câmara Federal, onde acontecerá uma audiência pública nesta terça-feira. O advogado Gabriel Tomasete, especialista na defesa do consumidor e que tem se destacado no combate aos abusos das aéreas, estará lá, ao lado de parlamentares rondonienses e de toda a região. É uma possibilidade concreta de acabar com essa espécie de monopólio aéreo, implantado com o apoio da ANAC, que ao invés de defender o consumidor, não se mexe para acabar com os abusos praticados contra ele. Abrir o mercado para novas empresas internacionais é o melhor remédio para combater não só os preços abusivos, como também a falta de rotas para escolha do rondoniense. Ainda falta muito, mas as coisas estão andando. Em slow motion, mas ao menos estão andando…
Defesa das prerrogativas médicas, contra o aborto e a vacina da covid em bebês, entre outros temas polêmicos estão na pauta do presidente do CFM
Não há como comandar uma entidade do porte do CFM sem ter disciplina, respeito a todos os setores, mas, principalmente, muita coragem. E isso não falta ao rondoniense Hiran Gallo. Seus pronunciamentos, em nome dos médicos brasileiros, priorizam as prerrogativas dos médicos; o sigilo entre eles e seus pacientes e o combate a decisões que possam não só afetar este tipo de relacionamento, como ainda destacam-se posições firmes contra medidas que possam prejudicar a saúde da população. É notória a posição pública do CFM contra, por exemplo, o aborto de bebês e, mais ainda, com um método cruel de matar fetos. As mudanças propostas pelo atual governo no sistema de Residência Médica, tornando-a menos técnica e mais política, é outro tema que sacode o presidente do Conselho, quando a ele se refere. Vacinas contra a Covid em bebês e crianças até sete anos é outro tema polêmico. Hiran Gallo diz que o Brasil é o único país do mundo a ter essa obrigatoriedade. O CFM defende a vacinação em massa contra todas as doenças possíveis, menos contra a Covid, até porque ainda não há prova definitiva da eficiência da vacina e de seus riscos, quando aplicada em seres tão pequenos. Na solenidade desta semana, em Brasília, em seu discurso, Hiran Gallo destacou a parceria com os portugueses, no Programa Doutoral de Bioética, mas aproveitou para reafirmar posicionamentos do CFM em defesa da população, das crianças e da Medicina. Hiran é um rondoniense defendendo com unhas e dentes a saúde da população, num posto que deve orgulhar o povo do nosso Estado.
Por unanimidade, Maurício Carvalho é reconduzido à coordenação da bancada federal de Rondônia
Por unanimidade. Todos os demais dez membros de Rondônia no Congresso, assinaram documento, nesta semana, reconduzindo Maurício Carvalho para mais um mandato como coordenador da nossa bancada federal. Os senadores Confúcio Moura, Jaime Bagattoli e Marcos Rogério e os deputados federais Lúcio Mosquini, Cristiane Lopes, Silvia Cristina, Thiago Flores, Lebrão, Coronel Chrisóstomo e Fernando Máximo avalizaram o nome de Maurício para se manter no comando da bancada. Os rondonienses, aliás, sempre com a exceção do senador Confúcio Moura, têm atuado de forma muito semelhante nas votações tanto no Senado quanto na Câmara Federal. Em questões polêmicas como autorização para o aborto até 22 semanas; a famigerada saidinha de presidiários; a batalha contra o MST e suas invasões, sempre tiveram, de parte de dez dos onze membros do grupo que atua no Congresso, o mesmo posicionamento: todos contra os projetos propostos pelo governo. O mesmo se deu na questão da liberação das drogas, onde apenas Confúcio Moura votou a favor do projeto apoiado pelo Planalto. Não é à toa que Confúcio é o campeão de liberação de emendas e está cotado para ser ministro do governo Lula, senão neste ano, mas com certeza no ano que vem. Ao contrário da primeira votação para a liderança, desta vez houve unanimidade dos votos a favor de mais um mandato para Maurício Carvalho. O jovem político, que já foi presidente da Câmara de Vereadores e vice-prefeito de Porto Velho, agora tem a missão de comandar os rumos da bancada rondoniense por mais dois anos.
“Se o brasil fosse um país sério, Espiridião Amin seria o presidente do Senado Federal”
“Se o Brasil fosse realmente um país sério e não imitasse por muitas vezes uma República das Bananas, o único nome para presidir o Senado Federal seria o de Esperidião Amin”. A frase, vinda dos corredores do Congresso, resume muito bem o prestígio e o respeito que Amin consegue cooptar, inclusive em opositores não radicais. Para corroborar esta afirmação, bastava se assistir, nesta última quarta-feira, uma reunião da Comissão de Educação do Senado com professores federais em greve, obviamente a ampla maioria ainda apoiando o atual governo, quando, ao término do encontro, ele foi aplaudido de pé. Entre seus mais próximos amigos no Senado, está outro catarinense de nascimento, mas rondoniense de coração e de mais de 50 anos, o também senador Jaime Bagattoli. Os encontros entre ambos são sempre afáveis e bem-humorados, porque Esperidião Amin também é reconhecido por suas tiradas criativas e o poder de ironia contra seus adversários, embora nunca bata abaixo da linha da cintura. Bagattoli chama Amin de “grande senador” e o seu conterrâneo retruca, dizendo que o rondoniense é também “o quarto senador de Santa Catarina”. Este colunista, que teve uma convivência com alguma proximidade a Amin, quando ele era governador, testemunhou um dos encontros entre os dois, nesta semana. O senador e ex-governador é uma das vozes mais respeitadas no Senado da República, por seu equilíbrio e por uma vida pública recheada de conquistas, propostas e avanços, em busca de progresso para nosso país e uma luta contínua para torná-lo melhor e mais decente.
Na política, nada é cedo demais! Disputa pelas duas vagas ao Senado já ocupa agenda de nomes quentes da nossa vida pública
Por falar em Senado, falta ainda muito tempo, mas o tema já é mote de conversas (ainda à boca pequena e voz baixa) em todas os bastidores dos grupos políticos que estão no poder. Há uma dúvida ainda crucial, mesmo tanto tempo antes. Confúcio Moura vai querer disputar mais um mandato de oito anos ou estaria propenso a “pendurar as chuteiras”, como já chegou a dar indícios? O que se tem certeza é que o governador Marcos Rocha será um dos candidatos. Acir Gurgacz depende ainda de aval do Congresso, mas se o tiver, como tudo leva a crer que sim, será outro. Marcos Rogério vai disputar novo mandato ou concorrerá ao Governo? Também é uma dúvida. E Hildon Chaves, candidatíssimo ao Governo, poderia mudar de planos lá na frente? Há, neste momento, fortes dúvidas em relação à manutenção da parceria entre ao prefeito da Capital e o governador Marcos Rocha. O que une, ainda, é o apoio à ex-deputada Mariana Carvalho, para a Prefeitura da Capital. Por isso a dúvida. Ainda no mesmo pacote de possibilidades, um nome que tem surgido com alguma frequência é o do deputado federal de vários mandatos, Lúcio Mosquini. Experiente no mundo da política, quando questionado, ele diz que é cedo para se tratar desse assunto e que Confúcio Moura, obviamente, tem a preferência e todo o apoio do MDB, partido que Mosquini preside no Estado, aliás, por indicação de Confúcio. Se o atual senador não concorrer, caso tope o desafio, Mosquini se tornaria nome fortíssimo para uma das duas vagas. Claro que com o passar do tempo, vão surgir outros nomes. Mas neste momento, a situação é essa!
Pode estar vindo uma seca histórica para toda a Amazônia e o rio Madeira já está baixando mais do que o normal
Preparemo-nos. Pode estar vindo por aí a maior seca da História recente de Rondônia e de grande parte da região norte. Embora uma das fontes principais seja suspeita, já que o Ministério do Meio Ambiente, comandado pela Rainha das Ongs, Marina Silva, tem apresentado previsões catastróficas que raramente se tornam realidade, desta vez parece que a coisa será mesmo complicada. A chegada do verão na Amazônia está apresentando prognósticos preocupantes, pela baixa dos rios antes da época normal, incluindo-se aí o rio Madeira, que estaria caminhando para ficar quase dois metros de profundidade a menos do que deveria estar. Na Amazônia, a chegada do período de estiagem já provoca temor entre os donos de empresas, principalmente aquelas que dependem de levar e trazer suas balsas pelas hidrovias. O transporte de combustível e todos os demais produtos que dependem dos rios para transporte e escoamento, correm o risco de serem afetados, principalmente na segunda quinzena de julho e na primeira de agosto. A Caerd vem alertando a população que ela abastece, sobre a necessidade de economizar água, porque a crise que se avizinha pode ser séria. Dessa vez, as previsões ruins extrapolam o discurso fatalista de Marina Silva. A situação pode sim ficar bastante complicada, com uma grande seca que se avizinha.
Ataques impunes: fiação de duas passarelas sobre a BR-364 é roubada pouco depois de instalada
São canalhas, bandidos qual parasitas, se alimentando dos bens que serviriam para toda a coletividade. Mais uma vez eles atacaram, com a virulência de sempre. Arrancaram toda a fiação, recém colocada, de duas passarelas sobre a BR 364, que o Dnit está concluindo, uma defronte a loja da Havan e outra que dá acesso à Fimca. Mas não só isso. Levaram também luminárias e peças das passarelas, um dia depois que a empresa responsável pela instalação de todo o sistema de iluminação tinha concluído seu serviço. “O Dnit tem se esforçado para entregar boas obras para Porto Velho” – comenta um dos engenheiros do órgão, Emanuel Nery – lamentando que, pouco depois de um trabalho já feito, tudo tenha sido arrancado e destruído. “Pior é ouvir e ler textos de gente afirmando que a culpa é de quem está executando o serviço. É uma absurda inversão de valores!”, protesta. Este tipo de furto e de vandalismo, tem ocorrido em todos os locais onde há obras públicas, mas também em empresas e residências particulares, principalmente na Capital. O resultado do roubo da fiação e de luminárias muitas vezes, serve apenas para conseguir dinheiro para comprar drogas e é cada vez mais comum. Nenhum dos bandidos ou receptador foi localizado e preso, como sempre.
Aparício Carvalho e Thiago Flores no comando do Republicanos têm missões especiais em suas cidades
O Republicanos em Rondônia trocou de mãos novamente, em tempo não muito longo. Depois de Lindomar Garçon, Mariana Carvalho e Alex Redano, o empresário e médico Aparício Carvalho, que já foi deputado federal e vice-governador do Estado, foi escolhido pelo comando nacional da sigla para ocupar o posto mais importante, em ano de eleições municipais. O novo vice-presidente é o deputado federal Thiago Flores, que era do Republicanos, foi para o MDB e agora volta para o Republicanos. A oficialização do novo comando partidário foi dada pelo deputado federal Marcos Pereira, bispo da Igreja Universal e um dos seus mais importantes dirigentes. Os dois novos dirigentes da sigla terão a missão de torná-la mais presente na política regional, elegendo mais prefeitos, vices e vereadores, além de candidatos aliados de outros partidos. Ambos terão missões especiais também em suas cidades. Aparício quer eleger sua filha, Mariana Carvalho, como primeira mulher a ocupar a cadeira de prefeita de Porto Velho. Thiago tem a missão de ajudar a eleger sua esposa, Daiane Krause, que será candidata a vice-prefeita, numa chapa encabeçada pela atual prefeita Carla Redano.
Perguntinha
Com todos os investimentos pesados que o Governo do Estado está fazendo na segurança pública e o aumento de pessoal, tanto na PM quanto na Polícia Civil, você acredita que o crime vai começar a diminuir em Rondônia ou a questão é mais profunda, na medida em que a polícia prende e nossas leis de proteção aos criminosos soltam?
Expressão Rondônia