Essa é a segunda vez que a Unir é condenada por ações que envolvem o professor Samuel Milet. Em 2019, a instituição precisou indenizar uma pesquisadora que foi chamada de “sapatona doida” e “vagabunda”. Na Justiça, corre uma ação regressiva da universidade contra o professor, cobrando responsabilidade pela ação.
Em nenhum dos episódios o professor foi condenado. Segundo a decisão mais recente, uma ação por danos causados por agente público (o professor) deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público (nesse caso, a Unir). Por este motivo, somente a Unir foi condenada.
Entenda o caso
Em março de 2023, o g1 publicou uma reportagem exclusiva com depoimentos e detalhes da denúncia feita por Josi Gonçalves contra Samuel Milet. Ela relatou que foi ameaçada e coagida pelo professor depois de discordar do comportamento do docente.
“O que eu sinto hoje em sala de aula, quando ele está presente, é: mãos formigando, meu rosto e minha boca dormente, o coração bater forte”, relatou à época.
Estudante da Unir, Josi Gonçalves denuncia professor por assédio moral — Foto: Gustavo Luz/Rede Amazônica
A denúncia feita por Josi Gonçalves relata que Milet ministrava uma aula para o curso de Direito, quando, para criticar o que chama de “ideologia de gênero”, ele teria citado o episódio em que a Unir foi condenada porque o próprio professor chamou uma palestrante de “sapatona doida” e “vagabunda” por tratar questões como gênero e aborto. Relembre: