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Jaru, 23 de novembro de 2024

Calendário astronômico de 2024: confira quando haverá eclipses, chuvas de meteoro e superluas

Assim como em anos anteriores, 2024 estará repleto de eventos astronômicos. Os fenômenos incluem 12 chuvas de meteorosconjunções planetárias2 eclipses lunares e 2 eclipses solares, além de superluas.

E, para ajudar os curiosos pela astronomia, o g1 listou alguns dos principais fenômenos que ocorrerão este ano. Veja abaixo:

Eclipses

 

  • 🌗 24-25 de março – Eclipse penumbral da Lua (visível em todo o país)
  • ☀️ 8 de abril – Eclipse solar total (não visível no Brasil)
  • 🌗 17-18 de setembro – Eclipse lunar parcial (visível em todo o país, de forma tênue)
  • ☀️ 2 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país como parcial)

 

Em 2024, teremos 2 eclipses solares: um total (quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol), em 8 de abril, e um anular (quando o Sol forma um anel ao redor da sombra da Lua), em 2 de outubro.

Atenção: um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.

total não será visível no Brasil. Apenas alguns países da América do Norte conseguirão observar o fenômeno. Além disso, ele também será visível na região equatorial do Oceano Pacífico e no Atlântico Norte.

Já o anular passará pelo país como parcial. Ou seja, quem olhar para o céu verá o nosso Sol “mordido” pela Lua.

Isso acontece porque um eclipse solar anular sempre acompanha um eclipse solar parcial.

E, neste caso, a passagem do fenômeno favorecerá estados da Região Sul, Sudeste (exceto a porção norte de Minas Gerais) e o Mato Grosso do Sul. Já moradores de trechos da Bahia, Goiás e Mato Grosso também terão a chance de flagrar o evento. No restante do país, esse eclipse de outubro não será visível.

 

O que é um eclipse?

Já os eclipses lunares não serão tão marcantes neste ano para os observadores mais leigos.

Tecnicamente, o eclipse penumbral da Lua de março, por exemplo, poderá ser visto em todo o continente americano (incluindo todos os estados do Brasil).

Entretanto, durante um eclipse do tipo, o nosso satélite natural escurece por um tempo, mas não desaparece completamente. Além disso, uma característica fundamental desse fenômeno é que a Lua escurece bem levemente, já que o nosso satélite fica na sombra clara da Terra, ainda recebendo luminosidade do Sol.

Por isso, o espectador menos atento pode até não perceber que está presenciando um eclipse!

9 de março - Um avião passa em frente à lua cheia vista de Curitiba. A superlua é visível quando a lua cheia coincide com sua posição mais próxima da Terra, o que a faz parecer mais brilhante e maior que outras luas cheias — Foto: Heuler Andrey/AFP

9 de março – Um avião passa em frente à lua cheia vista de Curitiba. A superlua é visível quando a lua cheia coincide com sua posição mais próxima da Terra, o que a faz parecer mais brilhante e maior que outras luas cheias — Foto: Heuler Andrey/AFP

Eventos assim inclusive podem ser bem difíceis de serem observados sem um equipamento adequado. Justamente por essa razão, alguns pesquisadores gostam de explicar que observar esse tipo de eclipse é como ver um véu na frente do disco lunar.

Já o eclipse lunar parcial de setembro será extremamente tênue. Ele também passará por todos os estados do país, mas, no auge do fenômeno, a cobertura da Lua será de apenas 0.08%.

Periélio e afélio

 

No dia 2 de janeiro, a Terra atingiu seu ponto mais próximo do Sol. O fenômeno ocorreu às 21h38 no horário de Brasília. No periélio (que quer dizer literalmente “perto do Sol”), o planeta fica a 147 milhões de km da estrela central do Sistema Solar.

Dessa forma, no periélio, o Sol aparece maior porque o seu diâmetro aparente (angular) atinge o valor máximo no ano (veja imagem abaixo).

O Sol no periélio e no afélio no ano de 2021. — Foto: Observatório Astronómico de Lisboa/Divulgação

O Sol no periélio e no afélio no ano de 2021. — Foto: Observatório Astronómico de Lisboa/Divulgação

Atenção: observar diretamente o Sol sem o uso de equipamentos adequados pode implicar em danos irreversíveis à visão. Utilize métodos de observação indireta, sem auxílio de telescópios.

Já o afélio (o oposto do periélio, quando o Sol apresenta seu menor diâmetro aparente, e a Terra alcança o ponto de sua órbita mais distante do astro) ocorrerá em 5 de julho, às 2h06 no horário de Brasília. Neste ponto, o nosso planeta estará a 152 milhões de km do Sol e atingirá a sua menor velocidade do ano.

Cuidados na hora de observar o Sol — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Cuidados na hora de observar o Sol — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Conjunções planetárias🪐🔭

 

As principais conjunções planetárias (quando mais de dois planetas aparecem próximos no céu) do ano acontecerão nas seguintes datas, de acordo com o Observatório de Valongo:

  • 27 de janeiro – Conjunção entre Marte e Mercúrio antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Sagitário. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau.
  • 22 de fevereiro – Conjunção entre Marte e Vênus antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Capricórnio. Os astros estarão separados por apenas 0,6 grau.
  • 28 de fevereiro – Conjunção entre Saturno e Mercúrio com o Sol.
  • 21 de março – Conjunção entre Vênus e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,3 grau.
  • 30 de março – Marte, Saturno e Vênus estarão visualmente alinhados antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário.
  • 7 de abril – Marte, Saturno, Lua e Vênus irão formam um quarteto celeste antes do amanhecer, direção leste, entre as constelações de Aquário e Peixes.
  • 10 de abril – Conjunção entre Marte e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,7 grau.
  • 20 de abril – Conjunção entre Júpiter e Urano, direção oeste, na constelação de Áries. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau, mas estarão muito próximos do horizonte oeste, durante o crepúsculo. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
  • 4 de junho – Conjunção entre Júpiter e Mercúrio, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,1 grau, mas estarão muito próximos do horizonte, durante o crepúsculo, um pouco antes do amanhecer.
  • 15 de julho – Conjunção entre Marte e Urano antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,5 grau. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
  • 5 de agosto – Conjunção da Lua, com Vênus e Mercúrio antes do anoitecer, direção oeste, na constelação de Leão. Nos dias 5 e 6, Lua, Vênus, Mercúrio e a estrela Regulus formarão um belo quarteto celeste.
  • 27 de agosto – Conjunção entre a Lua, Marte e Júpiter durante a madrugada (após as 3h), direção leste, na constelação de Touro.

Chuvas de meteoro 🌠

 

Clube de astronomia registra chuva de meteoros em Aragoiânia, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Gungstar Team

Clube de astronomia registra chuva de meteoros em Aragoiânia, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Gungstar Team

Teremos 12 chuvas de meteoro relevantes, segundo o Observatório Real de Greenwich:

  1. Quadrantidas: ativa de 28 de dezembro de 2023 a 12 de janeiro de 2024 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 110.
  2. Liridas: ativa de 14 a 30 de abril (pico: de 22 a 23 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
  3. Eta Aquaridas: ativa de 19 de abril a 28 de maio (pico: 6 de maio). Pico de meteoros por hora: 50.
  4. Alpha Capricornídeos: ativa de 3 de julho a 15 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
  5. Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho a 23 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
  6. Perseidas: ativa de 17 de julho a 24 de agosto (pico: de 12 a 13 de agosto). Pico de meteoros por hora: 100.
  7. Draconidas: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
  8. Orionidas: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
  9. Tauridas: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
  10. Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
  11. Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
  12. Ursidas: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

 

Superluas

 

'Superlua dos Cervos' vista em Boa Esperança (MG) em 2022 — Foto: Adriano de Oliveira

‘Superlua dos Cervos’ vista em Boa Esperança (MG) em 2022 — Foto: Adriano de Oliveira

Teremos duas superluas em 2024, ainda segundo o Observatório de Valongo:

  • 🌕 Uma entre os dias 17 e 18 de setembro
  • 🌕 E outra em 17 de outubro

 

A “superlua” ocorre na lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.

Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

Cometas mais brilhantes ☄️

 

Os cometas são grandes objetos feitos de poeira e gelo que orbitam o Sol. Neste ano, os destaques de observação ficam com os seguintes astros:

  • C/2021 S3 (PANSTARRS). Período de visibilidade: de janeiro a junho. Brilho Máximo: março. Visibilidade: por meio de binóculos, em céus escuros, durante a madrugada.
  • C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS). Período de visibilidade: de setembro a novembro. Brilho Máximo: outubro. Visibilidade: final da madrugada (começo de outubro) e começo da noite (final de outubro), por meio de binóculos.
  • 12P/Pons-Brooks (ou Cometa do Diabo). Período de visibilidade: de fevereiro a junho. Brilho Máximo: abril. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
  • 13P/Olbers. Período de visibilidade: de junho a agosto. Brilho Máximo: julho. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
  • 62P/ Tsuchinschan 1. Período de visibilidade: de janeiro a março. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de binóculos, durante a madrugada.
  • 144P/Kushida. Período de visibilidade: de janeiro a fevereiro. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios, em céus escuros, durante o começo da noite.

G1


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