Um homem suspeito de matar uma mulher de 43 anos, identificada como Katia Dias de Oliveira, na última segunda-feira (1º), na zona rural de Jaru (RO), já havia sido preso por tentativa de feminicídio em março de 2023. Na época, o homem foi liberado e voltou a morar com a mulher, até matá-la após a virada de ano.
A Rede Amazônica conversou com o delegado que investiga o caso, que disse que o homem tem um histórico de violência contra a mulher. Em março de 2023, efetuou disparos com uma arma de fogo na residência onde o casal morava. Com medo, Katia fugiu para a casa do pai do agressor.
O suspeito arrombou a porta da casa com um machado e depois começou agredir a Katia, só parando as agressões após a intervenção do pai. A mulher conseguiu se esconder em outro quarto e chamou a polícia.
O homem fugiu, a arma de fogo não foi encontrada pela polícia, mas ficaram os danos das agressões como provas do crime.
Na época, foi expedido e cumprido um mandado de prisão contra o agressor. Ele ficou preso por um tempo e após ser colocado em liberdade voltou a morar com Katia até o crime de feminicídio acontecer.
Entenda o caso
Local onde o corpo de Katia Dias Oliveira, foi encontrada morta na zona rural de Jaru — Foto: Reprodução/ internet
O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (1º), na Linha 632, zona rural, a 30 km do centro de Jaru. O corpo da mulher estava nu, abandonado no meio da estrada.
Segundo testemunha ouvida pelo delegado, o suspeito, a vítima e mais três pessoas ficaram das 19h até as 23h da véspera de ano novo em um bar, próximo ao local do crime, consumindo bebidas alcoólicas.
Após o corpo ser encontrado pela manhã, uma segunda testemunha contou que um tio do suspeito foi na casa de um vizinho pedir abrigo. O homem teria dito que o sobrinho falou que havia matado Katia e fez ameaças ao tio e ao próprio pai, causando medo no tio, que resolveu buscar abrigo no vizinho.
A polícia foi até onde o casal morava e encontrou a casa aparentemente fechada, mas com a porta dos fundos destrancada. Dentro do local, foi encontrada a bolsa de Katia com todos os seus documentos jogados sobre a cama, além de roupas úmidas, que podem ser as roupas usadas pelo suspeito na noite do crime.