Projeto da ponte entre Brasil e Bolívia — Foto: Ministério dos Transporte/Divulgação
O edital para a construção da ponte internacional que vai ligar Guajará-Mirim (RO), no Brasil, a Guayaramerín, na Bolívia, foi assinado nesta terça-feira (14) pelo Ministro dos Transportes. A previsão é que a estrutura fique pronta em 2027.
A assinatura foi feita na sede do Ministério dos Transportes, em Brasília (DF). Estiveram presentes representantes do governo da Bolívia, o prefeito de Guayaramerín e parlamentares de Rondônia.
A construção da ponte faz parte de um acordo de mais de 100 anos entre Brasil e Bolívia para a integração dos países, e integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do Governo Federal.
A estrutura, de 1,22 km, vai passar sobre o rio Mamoré e deve começar a ser construída em 2025 e ficar pronta em 2027, com um custo de R$ 429,5 milhões a serem pagos pelo Brasil. Também está prevista a instalação de uma aduana.
No dia 28 de dezembro serão abertas as propostas apresentadas. A empresa ou consórcio vencedor ficará responsável pelo projeto e execução das obras.
“Tendo uma empresa vencedora, ela terá a responsabilidade de elaborar o projeto e de, em até seis meses, iniciar as obras. O período previsto para a execução das obras é de 2 anos e meio a 3 anos. É uma obra que vai integrar o desenvolvimento do Norte do Brasil, do Centro-Oeste também, ao desenvolvimento da Bolívia e criar um corredor capaz de chegar ao Chile e ao Peru, que vai ser muito importante para a integração regional”, explica o ministro Renan Filho.
Além da importância estratégica para o Brasil, que passará a contar com um corredor logístico para o oceano Pacífico, a ponte também tem potencial de impulsionar as trocas comerciais com Rondônia.
Da Bolívia, o Brasil poderá importar principalmente lítio, usado em baterias e produtos usados na agricultura, como destacou o ministro de Obras Públicas da Bolívia.
“Essa ponte é importante porque nós temos para oferecer ao Brasil lítio, sal para o gado, e produtos exóticos que a Bolívia produz”, afirma o ministro de Obras Públicas da Bolívia, Edgar Montaño.
G1