A diretora do presídio feminino infestado por dezenas de ratazanas foi exonerada do cargo, em Porto Velho, nesta quinta-feira (15). A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça do Estado (Sejus).
Segundo detentas que cumprem pena na unidade prisional, ratazanas tomaram conta do presídio. A situação é tão grave que muitas dizem que já foram até mordidas pelos roedores.
A denúncia foi feita na quarta-feira (14) pela direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon), que juntou vídeos com imagens das ratazanas, depoimentos de presas, fotos da unidade prisional e um documento pedindo providências ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Conselho Estadual de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Na tarde de quarta-feira (14), o juiz da Vara de Execuções Penais determinou a interdição do presídio e a transferência das 130 presas para uma nova unidade prisional, localizada na Avenida Amazonas. Ainda segundo o sindicato, o presídio feminino só tem capacidade para receber 79 mulheres.
O presídio interditado é localizado na Avenida Carlos Gomes com Farquar, em Porto Velho. Em nota, A Sejus admitiu a insalubridade do prédio, que é antigo. E gatantiu que vai cumprir o prazo de 48 horas determinado pela justiça para a transferência das presas.
Novo presídio
A unidade prisional que vai receber as presas começou a ser construída em 2008. Em 2010 a obra foi paralisada. A obra só foi retomada em 2015.
O prédio fica localizado na Avenida Amazonas ao lado da Unidade de Segurança Pública (Unisp), localizada na zona leste da capital, e terá capacidade para abrigar 173 presas, segundo a Sejus. A princípio, há 145 vagas.