Ana Paula Pridonik, de 27 anos, morreu na Santa Casa de Campo Grande, na tarde desta terça-feira (1º), três dias após partida do companheiro, Garon Maia Filho, de 42 anos, que morreu em acidente aéreo, junto com o filho, de 11 anos. A moça foi socorrida no começo da tarde, com um tiro na cabeça, horas após o sepultamento de pai e filho, no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.
Ana Paula chegou à casa acompanhada de familiares e foi para o quarto, quando se ouviu o disparo, confirmou o delegado Felipe Paiva, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada). A arma usada estava registrada em nome de Garon.
Em rede social, no início da manhã de ontem (31), ela postou foto junto com Garon e o enteado em preto e branco. No texto escrito sobre a imagem, ela lamenta a tragédia.
Possivelmente, ela estava na Fazenda Uberaba, em Comodoro (MT), junto com o companheiro e o enteado, quando os dois saíram de avião para abastecer a aeronave em Vilhena (RO), no fim da tarde de sábado, dia 29, e não voltaram mais. Há duas semanas, ela postou vídeo do pôr-do-sol na propriedade.
A mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e deu entrada na Santa Casa de Campo Grande por volta das 13h10. A morte foi constatada por volta das 14h50.
Na tarde de ontem, cerca de uma hora após o início do velório, a moça chegou ao Cemitério Parque das Primaveras segurando um chapéu, que colocou sobre o caixão de Garon Maia Filho. Inconformada, a moça dizia: “Perdi um pedaço de mim. Meu companheiro. Por quê?”.
O acidente – O avião Beechcraft Baron G58 decolou do aeroporto de Vilhena (Rondônia), por volta de 17h50 de sábado (dia 29), e desapareceu do radar minutos depois. Na manhã de domingo (30), militares adentraram a pé na área de mata fechada e encontraram os destroços do monomotor e os corpos de pai e filho. A área do acidente fica na divisa entre Vilhena (RO) e Comodoro, em Mato Grosso.
Um grupo de busca e salvamento da FAB (Força Aérea Brasileira), com base na Capital de Mato Grosso do Sul, foi acionado para o resgate.
A aeronave com prefixo PT-ITE tinha 12 anos. Fabricada em 2011, conforme o RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro), o bimotor tinha permissão para fazer voos noturnos e estava com toda a documentação em dia.