Há décadas, servidores do ex-Território Federal de Rondônia buscam o direito de serem transpostos para os quadros da União. Apesar de terem cumprido todos os requisitos legais para isso, a situação continua pendente. Alguns conseguiram lograr êxito em sua empreitada, mas muita gente morreu sem conseguir desfrutar desse sonho que, a meu ver, parece cada dia mais distante.
Há muitas informações desencontradas em torno do assunto. Isso só contribui para causar uma tremenda barafunda na cabeça de algumas pessoas, que ficam sem saber ao certo o que fazer e a quem recorrer para colocar um ponto final nessa novela, que, às vésperas das eleição federais, ganha sempre mais um capítulo, geralmente escrito por políticos espertalhões, que aproveitam a oportunidade e a boa-fé das pessoas para colherem dividendos eleitoreiros, prometendo aos incautos o que sabem que jamais conseguirão cumprir, numa evidente falta de respeito para com os interessados.
Passada a eleição, logo o assunto cai no esquecimento, sendo empurrado para debaixo do tapete da hipocrisia. Afinal de contas, essas pessoas têm realmente direito a ingressarem nos quadros da União? Se as têm, então, pelo amor de Deus, que se pare de empurrar o problema com a barriga. Alguém precisa acabar com esse puxa-encolhe de uma vez por todas. Se eu, que não tenho nada que ver com essa história, já não aguento mais ouvir falar em transposição, agora imagina como não anda a cabeça das pessoas que há vários anos esperam por isso.
