De acordo com o Gerente Regional da Caixa Econômica Federal, Carlos Aparecido Fernandes, das operações de custeio imobiliário realizado pela instituição financiadora em todo estado de Rondônia, a cidade de Jaru, é a única que o banco não atingiu seus objetivos.
Esta afirmação se reflete nos valores financiados pela instituição em 2013, que foi de apenas R$ 6 milhões, bem abaixo do valor estimado e disponibilizado pelo banco que seria na ordem de R$ 50 milhões.
Na concepção de Carlos Aparecido, estes resultados negativos são fruto dos embargos aos loteamentos da cidade, que já resulta em imensuráveis prejuízos econômicos ao município.
O gerente ainda lamentou as condições em que o município de Jaru se encontra em relação aos loteamentos públicos e privados, salientando que esta situação só ocorre neste município. “Enquanto as operações de custeio imobiliário crescem em todo o estado, Jaru anda na contramão desta realidade”, disse Carlos, que na ocasião citou cidades próximas e com o mesmo perfil, como Ouro Preto do Oeste, Rolim de Moura e Ji-Paraná, que obtiveram recorde em transações e já esperam um acréscimo para este ano de 2014.
Um dos pontos lembrado com tristeza pelo gerente regional, refere-se as habitações do projeto do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida, que já deveriam estar acolhendo famílias carentes no município, com 613 moradias, mas no entanto se encontra na mesmas condições dos loteamentos privados, parados e impedidos de serem concluídos pela falta de licenças ambientais.
Em relação aos privados a situação não se difere, proprietários pagam parcelas de seus terrenos, mas não podem financiar suas construções, deixando assim de reverter à economia local, milhões de reais provenientes do fomento da Caixa Econômica Federal, o que reflete também diretamente na arrecadação com impostos incidentes a construções, como ISS, ITBI, INSS e FGTS da Mão de Obra bem como outras taxas como a de cartório, CREA e outros, disse Carlos que ao julgar as poucas operações realizadas nos primeiros meses de 2014, teme um resultado ainda pior no decorrer do ano.
Enquanto isto a sociedade diretamente prejudicada, acompanha de braços cruzados, o impasse travado, que já perdura por um ano, entre o Ministério Público que cobra irredutivelmente a implantação de saneamento básico nos loteamentos, e os empreendedores que interpretam a lei de outra forma e dizem que não há a obrigatoriedade deste investimento.