De acordo com o 9º Levantamento da Safra de grãos 2022/2023, divulgado no início desta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado de Rondônia deve colher 2 milhões de toneladas de soja. Esse volume de produção representa um aumento de 19,8% em relação ao produzido no ciclo passado.
Os resultados também mostram que a área plantada representa 584,1 mil hectares, 18,8% a mais em comparação aos 491,7 mil hectares cultivados na safra 2021/2022. O recorde na área foi pautado pela valorização da soja no mercado e a demanda aquecida no último ano, o que incentivou os produtores de Rondônia a destinarem uma maior área para a temporada, atribuídas basicamente aos ganhos em áreas de pastagens degradadas.
Destaca-se também a utilização de um bom pacote tecnológico empregado pelos sojicultores e as condições climáticas favoráveis, durante todo o ciclo reprodutivo das lavouras. Isso ajudou a aliviar o déficit hídrico que foi observado em algumas lavouras do Estado, assegurando que a produtividade média estimada no estado alcance os 3.424 kg/ha.
A soja é a cultura de maior expressão econômica no Estado de Rondônia. Seu Valor Bruto da Produção (VBP) de abril deste ano, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), alcançou R$ 4,92 bilhões. Já as exportações, de acordo os dados divulgados pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), atingiram 1,59 milhão de toneladas nos primeiros cinco meses de 2023. Isso é 28% superior ao mesmo período exportado no ano de 2022.
A colheita da 1ª safra já foi totalmente concluída em todo o Estado e alguns produtores já realizaram o plantio para a colheita de uma segunda safra da soja. A cultura está em desenvolvimento nas regiões em que foi implantada a safrinha. Apesar dos desafios que ocorreram, o estudo apontou um aumento considerável das áreas de cultivos da soja em Rondônia.
Finalmente, com relação aos preços, após um período de alta nos últimos anos, a possibilidade de queda no mercado interno preocupa os produtores. Isso se deve por causa dos reflexos de uma safra recorde e também como consequência de uma maior oferta do produto, da logística aquecida, do atraso na comercialização antecipada e do fortalecimento do dólar em relação a outras moedas.
Conab