Amado, mas também odiado por muitos, o calor do verão amazônico traz consigo muito mais do que apenas sol e banho em rios. Os intensos raios solares podem ocasionar mudanças não muito positivas para o corpo, como a queda de cabelo.
Entre junho e setembro, o período de seca vai se intensificar em Rondônia e, consequentemente, o sol. Essa estiagem típica — e anual — é chamada de verão amazônico, quando os termômetros podem chegar a 42°C principalmente em cidades mais ao norte e centro do estado, como Ariquemes, Porto Velho e Ji-Paraná.
A temporada árida é uma das estações que mais contribuem para a queda natural dos fios e fragilidade capilar, isso porque o corpo fica mais exposto ao sol. Dessa forma, segundo o médico de transplante capilar Felipe Salmen, é necessário entender os perigos, as diversas maneiras de prevenção e tratamentos disponíveis.
Além de provocar dermatite, que pode resultar em queda capilar pelos danos causados aos folículos capilares, a exposição ao sol pode resultar em câncer de pele.
“Primeiramente, precisamos entender quais são as situações que mais agridem nosso couro cabeludo neste período de altas temperaturas. Temos alguns exemplos extremamente comuns, como prender constantemente o cabelo, aumento da produção de sebo em conjunto com lavagens mais frequentes e falta de reposição nutritiva, contato constante com o cloro presente nas piscinas e falta de proteção térmica. Além disso, a exposição prolongada ao sol é a principal causadora de câncer de pele. Sendo assim, além do calor prejudicar o couro cabeludo, a insolação pode resultar na doença de pele”, explicou.
Felipe Salmen ainda afirma que existem diversos outros motivos pelos quais o cabelo pode apresentar fraqueza ou considerável taxa de queda, como estresse, fatores genéticos, má alimentação, excesso de oleosidade no couro cabeludo, bebidas alcoólicas e tabagismo.
“Acredito muito na importância do ciclo de hidratação, nutrição e reconstrução, sempre respeitando cada tipo de cabelo. Além disso, o investimento em produtos térmicos de boa origem e alta qualidade é essencial para a construção de fios resistentes e saudáveis. Também recomendo evitar ao máximo fontes de calor, como secadores e chapinhas”, complementa.
Segundo ele, caso haja uma queda de cabelo acima do normal, sendo a média natural de 100 a 150 fios diários, procure ajuda de um especialista.
Cuidados básicos no verão amazônico
A Sociedade Brasileira de Dermatologia faz uma série de recomendações para quem irá ficar exposto ao sol, seja por lazer ou por trabalho:
- Aplicar protetor solar filtro 30, no mínimo;
- Reaplicar o protetor solar duas vezes ao dia ou a cada duas horas se a pessoa entrar na água ou suar muito;
- Utilizar boné ou chapéu para proteger o couro cabeludo;
- Evitar exposição direta ao sol das 10h às 16h;
- Uso de guarda-sol (na praia) de tecido grosso;
- Beber bastante água;
- Hidratar a pele com creme hidratante.
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Pôr do sol feito durante estiagem em Rondônia — Foto: Giovane Rocha
