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Jaru, 22 de outubro de 2024

Policiais brasileiros e bolivianos tentam reaver armas roubadas, em Rondônia

Um grupo de seis homens armados invadiu a base naval da Armada Boliviana, instituição que corresponde a Marinha do Brasil, na manhã de domingo (6). Os assaltantes renderam os militares e levaram 11 fuzis AK-47, três pistolas 9mm, baionetas e três embarcações, além de fazer nove reféns.

O crime aconteceu na base da comunidade Nueva Esperanza, na fronteira com o distrito de Araras, localizado na BR 425, na zona rural de Nova Mamoré, a cerca de 300 quilômetros de Porto Velho.

Na manhã desta terça-feira (8), um comboio com oficiais da Armada Boliviana e agentes das polícias Civil e Militar foram até a fronteira, onde os bolivianos vão dar início às investigações e fazer buscas na região para tentar localizar os suspeitos. Os oficiais não permitiram a entrada da equipe de reportagem no interior da base e também não quiseram falar sobre o assunto.

O boletim de ocorrência foi registrado por um oficial boliviano, na manhã de segunda-feira (7), e diz que os criminosos são brasileiros e, após a ação, fugiram de barco levando os reféns. As vítimas foram deixadas em pontos distintos ao longo do rio.

Ao G1, uma moradora do povoado que prefere não se identificar, reclamou da falta de segurança na área fronteiriça e contou que constantemente flagra veículos roubados sendo atravessados para a Bolívia e nenhuma fiscalização é feita no local.

“A gente sempre vê traficantes circulando por aqui e também muitos atravessadores com carros e motos que vão para o outro lado. Apesar da base aqui, falta policiamento ostensivo. Estamos inseguros e temos medo”, relatou a mulher.

A testemunha afirmou também que ouviu comentários de soldados bolivianos que os criminosos vieram da cidade de Ji-Paraná para fazer o roubo e estão escondidos pela região, mas duvida da informação. “Não creio que eles sairiam de lá para vim aqui pegar as armas, acredito que foram bandidos próximos daqui e sabiam o que estavam fazendo, não vieram à toa”, concluiu.

De acordo com o delegado regional de Polícia Civil, Milton Santana, a preocupação é saber se o armamento está no Brasil e se os bandidos são brasileiros. Os suspeitos não foram identificados até o momento e continuam foragidos. Equipes de todo estado estão envolvidas na investigação do caso.


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