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Jaru, 22 de novembro de 2024

Em 9 estados, pobres são maioria da população

Segundo o estudo, dois fatores principais estão por trás da queda de pobreza em 2022, que impactou todos os estados brasileiros: a melhora do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil. Taxa de pobreza brasileira caiu de forma geral entre 2021 e 2022, mas número de pobres no país ainda é elevado: são mais de 70 milhões de brasileiros.

Mais de 10 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza no país em 2022. Mesmo assim, a maioria da população de nove estados segue na pobreza — ou seja, vive com uma renda mensal de até R$ 665,02.

Estas são as conclusões de um levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), obtido com exclusividade pelo g1 e feito com base em dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. O IJSN é um órgão ligado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo.

O levantamento aponta que:

  • a taxa de pobreza brasileira caiu de 38,2% para 33% entre 2021 e 2022, para um nível mais próximo de 2020;
  • mesmo com a queda, o número de pobres no país ainda é alto: são 70,7 milhões de brasileiros vivendo em situações precáriaseram 81,2 milhões em 2021
  • todos os estados do país tiveram queda nas taxas de pobreza no último ano;
  • os estados com as maiores reduções foram Roraima (11,7 pontos percentuais) e Sergipe (9,7 p. p.), mas eles seguem com taxas elevadas, acima de 45%;
  • mesmo com queda, Maranhão segue como o estado com os maiores indicadores: seis a cada dez maranhenses vivem na pobreza.

Segundo o estudo, dois fatores principais estão por trás da queda de pobreza em 2022: a melhora do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil (leia mais sobre isso abaixo)O programa foi turbinado no último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando ele disputou e perdeu a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Melhora após recorde de pobreza em 2021

 

Mesmo com a melhora, os dados apontam que os indicadores continuam elevados de forma geral.

“A taxa de pobreza alcançada em 2022 retornou a um patamar próximo ao observado em 2020, que era de 32,7%”, diz Pablo Lira, doutor em Geografia e Diretor-Presidente do IJSN.

 

A queda do ano passado fica ainda mais evidente porque 2021 teve a taxa de pobreza mais alta dos últimos 11 anos.

Segundo dados divulgados pelo IBGE no final do ano passado, a pandemia da covid-19 fez disparar a pobreza no Brasil. Com isso, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza bateu recorde em 2021 – fato que é confirmado pelos dados da pesquisa do IJSN, como é possível ver no gráfico abaixo.


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