Para o promotor de Justiça Anderson Batista de Oliveira, operações como essa exigem cooperação entre as instituições de vários setores do estado, sendo extremamente proveitosa para atender o interesse coletivo.
Segundo o promotor, é possível sim causar impactos negativos nas facções criminosas.
“A ideia [nas operações] é focar em alvos estratégicos para as organizações criminosos, de modo que a retirada deles de circulação cause prejuízo à facção. Aquele integrante que está na rua atuando, quando é retirado e recolhido ao sistema prisional, a facção sofre impacto negativo e isso é positivo para a sociedade”, afirma.
Em Rondônia, a operação realizada nesta quarta-feira teve o apoio da Polícia Militar, e o balanço divulgado no fim do dia foi o seguinte:
- 30 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça;
- desses, 23 faccionados foram presos nas cidades de Porto Velho, Cacoal e Alta Floresta do Oeste;
- duas das prisões acabaram virando flagrante.
Segundo o Gaeco, todos os presos faziam parte de uma facção criminosa e tinham processos criminais em andamento. A operação aconteceu de forma simultânea em 13 estados.
Promotor faz balanço sobre operação em Porto Velho — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), os presos respondem ou já responderam algum processo criminal, sendo em sua maioria foragidos da justiça. O órgão afirmou ainda que foi realizado um levantamento e trabalho de inteligência para identificar os suspeitos.
Os criminosos atuavam em ruas, condomínios populares e sistemas prisionais.
Operação Cnidários
A operação leva o nome de um grupo de organismos aquáticos, que podem viver escondidos nas profundezas dos oceanos, longe da luz solar. A definição faz referência a forma que as facções criminosas se escondem e fogem da lei.
Uma equipe de 120 pessoas realizou a operação, entre eles promotores, delegados de polícia, policiais lotados do Gaeco e 106 policiais militares.
G1