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Jaru, 24 de novembro de 2024

Detento da penitenciária federal de RO está entre os alvos da ‘cúpula’ que enviava cocaína para Europa

Um detento da Penitenciária Federal de Porto Velho está entre os alvos da operação contra uma organização criminosa suspeita de usar o porto no Rio Grande do Sul para traficar cocaína para a Europa. A ação que desarticulou o esquema foi realizada Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal, nesta quinta-feira (30).

De acordo com uma fonte da Rede Amazônica, em Rondônia foi cumprido um mandado de prisão contra um homem que está interno na unidade prisional localizada na BR-364, sentido Acre.

O detento, junto com a cúpula de uma empresa criminoso, transportou 17 toneladas da droga usando a estrutura do maior porto do Rio Grande do Sul.

Além de Rondônia, os agentes da PF cumpriram mandados nesta quinta-feira em Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Assunção, no Paraguai.

Como o alvo da operação em Porto Velho já estava preso, os agentes informaram o cumprimento da ordem à Justiça,

Como o caso foi descoberto?

 

A investigação começou em março de 2021, a partir de informações recebidas pela PF de que 316 quilos de cocaína foram apreendidos na cidade de Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020, a partir do Porto de Rio Grande.

A investigação indicou que a droga era produzida na Bolívia e remetida para o Brasil por um fornecedor paraguaio. Ela ingressava no país por Ponta Porã (MS). Posteriormente, a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, armazenada nas próprias empresas da organização criminosa ou em depósitos próximos aos portos de Rio Grande e Itajaí.

A droga era inserida em cargas regulares com a coordenação das empresas de logística, sem o conhecimento dos contratantes, que eram proprietários das cargas legalizadas (normalmente, de insumos que poderiam mascarar a droga durante controle alfandegário). Já na Europa, os compradores da droga furtavam parte da carga legalizada onde estava a cocaína. Dessa forma, ela era distribuída em diversos países da Europa.

A Receita Federal percebeu a incompatibilidade entre o volume de dinheiro recebido e o obtido pela atividade econômica de diversas empresas usadas pelo grupo criminoso. A suspeita era de lavagem de dinheiro.

Operação da Polícia Federal e Receita Federal contra grupo suspeito de contrabandear droga para a Europa — Foto: Polícia Federal e Receita Federal/Divulgação

Operação da Polícia Federal e Receita Federal contra grupo suspeito de contrabandear droga para a Europa — Foto: Polícia Federal e Receita Federal/Divulgação

Também constatou o uso de empresas de fachada e de laranjas para ocultar a origem de valores obtidos com a prática criminosa e de bens comprados por membros da organização criminosa. Além disso, se verificou a realização de operações de exportação incoerentes do ponto de vista comercial. A suspeita é de que o objetivo era encobrir o envio de carga ilegal para o exterior.

A Receita Federal percebeu a incompatibilidade entre o volume de dinheiro recebido e o obtido pela atividade econômica de diversas empresas usadas pelo grupo criminoso. A suspeita era de lavagem de dinheiro.

G1

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