Os dois médicos presos nesta semana em Ji-Paraná (RO), por armazenamento e distribuição de pornografia infantil, atuavam como clínicos gerais em Rondônia. Com a investigação em andamento, os nomes dos profissionais da saúde não foram divulgados.
Segundo apurou o g1, o homem é brasileiro e se formou em medicina na Bolívia. Ele atuava no estado por meio de aprovação no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) .
Já a companheira dele tem nacionalidade boliviana e também se formou em medicina no país vizinho. Ela atualmente morava com o marido em Ji-Paraná, mas já atendeu pacientes em outras cidades do estado.
Neste início da investigação, a Polícia Civil acredita que as crianças abusadas sexualmente em fotos e vídeos não são pacientes dos médicos. Isso porque uma análise do Laboratório Cibernético indicou que o conteúdo de pedofilia possivelmente era difundido pelo casal através de uma rede na dark web, isto é, não seria de autoria própria.
O Conselho Regional de Medicina (Cremero) abriu um processo de sindicância e vai impetrar uma medida cautelar contra os médicos. Os dois podem ter os registros cassados.
Virou flagrante
O casal de médicos foi preso na segunda-feira (13) durante uma operação da Polícia Civil em Ji-Paraná.
O homem e a mulher eram investigados por armazenar fotos e vídeos de crianças sendo exploradas sexualmente, mas quando os policiais foram cumprir o mandado de busca e apreensão no imóvel, o casal atirou contra os agentes.
Os estilhaços de um dos tiros atingiu um policial e, por causa disso, o casal agora também vai responder por tentativa de homicídio.
Fotos e vídeos de crianças sendo abusadas foram encontrados nos computadores dos profissionais de saúde. Segundo o Conselho Regional de Medicina (Cremero), as imagens apresentadas no inquérito são chocantes.
Na residência do casal também foram apreendidas duas pistolas e também os equipamentos eletrônicos.
Carro de casal de médicos apreendido em Ji-Paraná — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
Armas apreendidas na casa de dois médicos em Ji-Paraná — Foto: Reprodução/PC-RO
G1