A gripe aviária chegou a seis países que fazem fronteira com o Brasil. São eles: Colômbia, Peru, Venezuela, Bolívia, Uruguai e Argentina. Em toda a América do Sul, o número já chega a oito nações — a lista também inclui Chile e Equador.
Das nações sul-americanas com registros de gripe aviária, duas (Uruguai e Argentina) estão na fronteira com a Região Sul do Brasil. Os três Estados sulistas (Paraná, Santa Cantarina e Rio Grande do Sul) concentram por volta de 65% de todos os abates brasileiros de frango.
Além disso, um deles (Bolívia), tem fronteiras com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste. Esses dois Estados são, respectivamente, o oitavo e nono maiores produtores brasileiros de carne de frango.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, alertou, entretanto, que os casos na nações vizinhas não mudam a dinâmica das exportações brasileiras do setor — o país mantém status de livre da detecção da doença. Ele ainda disse que não existe nenhum caso de transmissão da doença pelo consumo de carne ou de ovos, e que a contaminação de animais para humanos é raríssima.
De acordo com Fávaro, o país está preparado para adotar as medidas de contenção interna do vírus causador da doença, se for necessário. “Se por acaso entrar a doença no país, o serviço veterinário oficial dos estados já entra com ações de bloqueio da área e outras ações previstas dentro do plano são executadas em um raio de 10 quilômetros da detecção”, declarou o ministro.
Gripe aviária no Brasil, risco para o mundo
Eventualmente, a disseminação da gripe aviária no Brasil, poderia causar problemas na cadeia mundial de suprimentos de carne de frango. O país, atualmente, é o maior exportador global desse tipo de proteína.