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Jaru, 16 de novembro de 2024

PF faz operação contra grupo que faturou R$ 16 milhões levando migrantes ilegais do Brasil aos EUA com ‘coiotes’

Uma organização criminosa suspeita de levar migrantes ilegais do Brasil para os Estados Unidos (EUA) por meio de “coiotes”, foi alvo da Polícia Federal nesta segunda-feira (13). Segundo a PF, os suspeitos movimentaram uma quantia superior a R$ 16,5 milhões.

A ação teve apoio da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations) da Embaixada dos EUA em Brasília. O esquema envolve suspeitos residentes no Brasil e nos EUA.

De acordo com a PF, uma empresa de viagens e turismo localizada em Buritis (RO) era utilizada para operacionalizar o esquema e lavar o dinheiro adquirido de forma ilegal.

A empresa era responsável por ações como emissão de passaporte, compra de passagens e auxílio nos voos dos migrantes com destino ao México. De lá, eles cruzam a pé a fronteira do país com os Estados Unidos.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de:

  • organização criminosa,
  • contrabando de migrantes e
  • lavagem de dinheiro.

São cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro estados: Rondônia, Amazonas, Tocantins e Goiás. Cinco suspeitos tiveram prisão preventiva decretada e um deles foi alvo de um mandado de prisão domiciliar.

PF faz operação contra grupo suspeito de contrabandear pessoas para os EUA — Foto: PF/Divulgação

PF faz operação contra grupo suspeito de contrabandear pessoas para os EUA — Foto: PF/Divulgação

Quatro suspeitos foram incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, uma ferramenta para localizar o alvo nos EUA para que ele seja preso e extraditado.

Segundo a investigação, entre 2019 e 2021, mais de 400 pessoas foram vítimas do grupo criminoso. Nesse período, os suspeitos movimentaram uma quantia superior a R$ 16,5 milhões. A Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 8,2 milhões do grupo.

Além dos mandados cumpridos pela PF, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, documentos e até armas de fogo. Os objetos devem passar por perícia na PF.

Além da HSI, a operação contou com o apoio do Grupo de Operações Áereas do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia e Polícia Civil de Rondônia e Amazonas.


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