Há um mês do início dos atendimentos no Hospital de Câncer da Amazônia, aproximadamente 21.700 pessoas passaram pelo atendimento ambulatorial e quimioterápico, com uma média de 700 pacientes por dia. Segundo o diretor administrativo da unidade, Jean Negreiros, mesmo ainda não tendo sido inaugurado oficialmente o hospital, tudo ocorreu dentro da normalidade a logística inclusive de pacientes que estão internados no Hospital de Câncer de Barretos em Porto Velho.
Localizado a 14 quilômetros da capital, na BR-364 sentido Cuiabá, o hospital terá até março de 2018 todas as alas de internação e os 10 centros cirúrgicos concluídos, ampliando suas instalações atuais de 7 mil metros quadrados para 30 mil metros quadrados, e com previsão de atendimento de até 1.500 pacientes por dia. Serão 120 leitos para internação, e 20 leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
A preocupação da direção do hospital, além da logística, era o acesso aos pacientes e acompanhantes, mas de acordo com Negreiros, a prefeitura através da Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran) está cumprindo com o compromisso e mantém uma linha do transporte público coletivo, a mesma que atende ao Hospital Santa Marcelina, passando pelo local a cada uma hora.
Equipamentos que farão com que os atendimentos sejam ainda mais completos já estão sendo providenciados. “A nossa radiologia já foi instalada e testada, estamos só concluindo o treinamento da equipe para dar início também a esses atendimentos. A nossa máquina de tomografia é o que há de mais moderno no mercado. Se o que há de melhor atualmente no estado tem 64 canais de definição, a nossa vem com 128 canais. O que dará muito mais precisão e poder de diagnóstico e tratamento para os médicos”, conta Negreiros.
As infraestrutura para o setor de radioterapia ficará pronta no próximo dia 15, para então começarem a instalação dos equipamentos. Segundo o diretor administrativo, o número de pacientes de outros estados continua crescendo, contando com os que já estavam em tratamento no Hospital de Câncer de Barretos. “Principalmente do nosso vizinho, o Acre, recebemos a maior parte dos pacientes de lá, e acredito que eles estejam encaminhando cerca de 60% dos casos por falta de estrutura para atender lá. Nossos pacientes estão sentindo a diferença no atendimento devido às acomodações mais amplas, mais confortáveis, e a tendência é melhorar”, completou.
Quanto à poeira que tomava o ar nos arredores do hospital, Negreiros garante que já foi amenizada em 80%. “O governo cumpriu o compromisso e está mesmo realizando a obra de asfaltamento da estrada próxima, que era a responsável por toda aquela poeira. Outro compromisso que está sendo validado é o credenciamento da unidade através do Ministério da Saúde”.
Segundo o diretor, os documentos para a habilitação da unidade já foram protocolados pela Secretaria Estadual de Saúde no último dia 29 junto ao MS. Antes, uma equipe técnica do ministério também já esteve no hospital visitando as instalações no dia 8 de agosto, quando foram avaliadas as condições para o credenciamento. “Agora é só esperar que toda a nossa documentação seja aprovada para mais esse sucesso”, finalizou.