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Jaru, 18 de novembro de 2024

Alunos do IFRO alcançam segundo lugar em prêmio nacional da Samsung “Solve For Tomorrow”

A elaboração de uma biopomada para tratamento da leishmaniose cutânea conferiu o segundo lugar a cinco alunos do Curso Técnico Integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, quando concorreram no último dia 22 de novembro com outros nove finalistas à 9ª edição do prêmio nacional da Samsung “Solve For Tomorrow” (Respostas para o Amanhã), na cidade de São Paulo.

O Programa Solve For Tomorrow é uma iniciativa da Samsung, desenvolvida no Brasil desde 2014, que incentiva alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolverem soluções para problemas locais por meio da abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e que auxilia os participantes por meio de webinars, workshops e mentorias a alcançar os objetivos propostos no projeto inicial.

Orientados pelas professoras de Química Minelly Azevedo Silva e Márcia Bay, o grupo formado pelos jovens Sophia Nunes Alves, Ana Clara de Sousa Mendes, Kauê Eduardo Leite Moret, Laura Lauany Prestes dos Santos e Hugo Rodrigues da Silva trabalhou por cerca de seis meses na pesquisa e no desenvolvimento do projeto de iniciação científica, contando com a mentoria da Samsung, atividade que fortaleceu a proposta tanto para os alunos quanto para os professores envolvidos, conforme destacou Minelly, explicando o auxílio que o mentor proporciona, impulsionando todo o grupo para a busca dos resultados almejados.

A escolha de uma biopomada para tratar a leishmaniose cutânea se deu em razão da região apresentar um número elevado de casos da doença, principalmente nas áreas rurais, em locais distantes de centros de tratamento e a pomada liberar substâncias capazes de eliminar o parasita e curar a ferida causada pela doença.

Laura Lauany fala da sensação satisfatória e gratificante em participar do grupo: “Só em termos chegado entre os três primeiros finalistas do júri técnico, já compensou todo o tempo em que trabalhamos no projeto”, destaca, sendo seguida por Sophia Alves que conta ter sido muito bom. “É inexplicável”, diz ela, destacando que a jornada fez reunir grupos diferentes e que o resultado alcançado foi “gigante e gratificante”.

Para Hugo Rodrigues da Silva, o prêmio foi “a cereja do bolo”. Segundo ele, compensou pelos dois anos de pandemia em que estiveram fora da escola, acompanhando as matérias de casa. “Estamos fechando o ano com chave de ouro”, disse, empolgado e satisfeito, pois foi dele uma das primeiras ideias em desenvolver a biopomada, pelo fato de seu pai já haver sido acometido pela doença.

 Kauê Moret também destaca a amizade desenvolvida pelo grupo. “Foi difícil no começo, mas depois nossa comunicação melhorou muito e desenvolvemos um trabalho interessante, esplêndido”, afirmou.

Ana Clara Mendes também falou emocionada sobre a interação diferente e gratificante do grupo que “solidificou a amizade. Tudo foi importante: a viagem, o prêmio”, disse, e na condição de poder definir o que quer fazer no futuro, tendo se decidido para o ramo da pesquisa. Declarou que quer ser cientista e vai se inscrever para cursar Engenharia Química no IFRO. Segundo ela, “é muito importante pensar no lado ambiental. Na Amazônia pode estar muita coisa a ser descoberta para a cura de doenças e temos que considerar sempre o conhecimento popular”, afirmou Ana Clara.

De acordo com a professora Márcia Bay, a biopomada agora passará por testes de permeabilidade e de toxidade e ela espera que até o mês de abril do próximo possa apresentar resultados satisfatórios, seguindo os protocolos da farmacologia. Ela também destaca uma nova visão de vida para os alunos que “podem ver a teoria sendo transformada na prática e muitas oportunidades para se fazer pesquisa”. A professora também destaca o IFRO como o único Instituto Federal no Brasil que foi classificado entre os três projetos finalísticos e a satisfação em desenvolver produtos que possam auxiliar a comunidade local.

Para a Professora Minelly Azevedo Silva “foi uma oportunidade muito boa de poder proporcionar aos alunos uma experiência que contribua não somente para a formação e que desperte na escolha profissional, em que eles podem optar em seguir para diversos ramos, seja na área da saúde ou das engenharias, destacando que o IFRO proporciona desenvolver projetos em todas as áreas, estimulando o senso crítico, a criatividade e a colaboração entre os alunos”. Para a professora, a conquista do 2º lugar é uma afirmação de que está trabalhando de forma correta, “uma vez que não é fácil fazer educação pública, com todos os cortes de recursos e muitas coisas que podem não dar certo”. Ela também lembrou o empenho dos alunos que permaneceram dois anos estudando em casa e que num só ano tiveram que multiplicar esse esforço para que o ensino não fosse precarizado. Também elogiou o esforço da Samsung com esse projeto que envolve outras disciplinas, estimulando-os a desenvolver ao mesmo tempo outras habilidades e competências.

“Iniciativas dessa natureza favorecem para que o resultado de pesquisas de iniciação científica chegue mais facilmente ao conhecimento da sociedade”, pontuou o Diretor-Geral do Campus Calama, Leonardo Pereira Leocádio. Ele recomendou ao Departamento de Pesquisa para que chamasse os grupos e estimulasse a participação no Solve For Tomorrow, pois já conhecia o programa desde quando ministrava a disciplina de Edificações em 2017. “Acreditamos que esses projetos fortalecem a participação de nossos alunos e também a atuação e o acompanhamento dos professores, trazendo distinção ao trabalho realizado pela instituição, além da obtenção dos prêmios”, destacou.

Campus Calama vai receber duas Smart TVs de 55 polegadas da Samsung e os alunos um notebook e uma Smart TV Samsung de 55 polegadas cada, além de já terem sido agraciados com um tablet Samsung quando ficaram entre os dez primeiros finalistas. As professoras também foram premiadas com um notebook da Samsung.

Assessoria

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