m homem de 40 anos foi preso no último final de semana suspeito de comandar um desmatamento e lotear áreas de um parque de proteção ambiental em Campo Novo de Rondônia (RO), município a 350 quilômetros de Porto Velho. Segundo a polícia, o suspeito é um dos maiores invasores de terra do estado.
A prisão ocorreu após uma operação integrada da Polícia Militar (PM), Polícia Ambiental, Secretaria do Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Cerca de 60 pessoas, entre policiais e agentes dos demais órgãos, se deslocaram ao município no intuito de detectar uma organização criminosa responsável por desmatar e lotear áreas dentro das unidades de conservações do Parque Estadual Guajará-Mirim, Parque Nacional Pacaás Novos e Parque Uru-Eu-Wau-Wau.
Conforme a PM, depois de entrarem quatro quilômetros na Unidade de Conservação do Parque Estadual Guajará-Mirim, foram encontradas diversas árvores atravessadas na estrada de acesso ao local e um suspeito de realizar a vigilância da localidade. A equipe constatou que uma grande área da floresta estava desmatada quando andaram na via a pé.
Posteriormente, os policiais ouviram o barulho de três motocicletas se aproximando de onde estavam e se esconderam para tentar surpreender e abordar os suspeitos. Porém, no momento da abordagem, disparos de arma de fogo foram realizados na direção dos policiais. Os tiros foram feitos por um grupo com aproximadamente 11 homens, que realizavam a segurança do local em um ponto mais elevado.
Com o auxilio do helicóptero do Núcleo de Operações Especiais (NOA), a equipe percorreu pela mata e encontrou um acampamento com colchões, redes, espingardas e correntes de motosserras. Os suspeitos abandonaram o local e se deslocaram até a saída do parque de conservação.
Ao continuar as averiguações pela a área, os policiais se depararam com o suspeito de organizar os desmatamentos da floresta. Conforme o ICMBio, o homem vendia cada lote pelo valor de R$ 1 mil e ele já havia negociado cerca de 500 lotes em meio a área de preservação.
Enquanto se retiravam do local para encaminhar o suspeito até a Delegacia de Polícia Civil em Buritis (RO), os policiais se deparam com várias madeiras e pedras em meio à pista para tentar impedir o tráfego. Mais adiante ainda se deparam com uma ponte completamente destruída e precisaram reparar a estrutura para conseguir sair do local.
Conforme o delegado responsável pela operação, Roberto Santos, o suspeito seria um dos líderes da organização criminosa. “Ele seria a pessoa que manda e desmanda na localidade, além de dizem como é que são feitas as divisões dos lotes e os desmatamentos”, destaca.