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Jaru, 24 de novembro de 2024

Equipe transporta órgãos de paciente que teve morte cerebral após acidente de trânsito em RO

Uma equipe formada por médicos e militares do Corpo de Bombeiros foi preparada para fazer a captação e o transporte de órgãos de uma vítima de acidente de trânsito no fim de semana.

A missão começou logo nas primeiras hora do sábado (22). Na ocasião, a equipe decolou em um avião dos Bombeiros de Porto Velho até Cacoal, cidade onde houve a captação dos órgãos.

O processo de doação-transplante iniciou com a identificação do potencial doador, após a equipe médica confirmar a morte encefálica da vítima do acidente.

O piloto da aeronave responsável por fazer a coleta dos órgãos era João Cordeiro, militar dos Bombeiros. Ele contou ao g1 que todo o procedimento foi feito com segurança e eficácia para a entrega dos órgãos do paciente.

Os rins e o fígado da vítima de uma batida de trânsito ficaram para receptores de Rondônia, e os demais órgãos foram levados para outros estados.

“É muito bom poder ser mais um braço nesta luta a favor da vida. A gente sabe que existem milhares de pessoas na fila aguardando um órgão. Poder ajudar essas pessoas é gratificante”, contou o piloto.

Órgãos pelos céus de Rondônia

Há dois tipos de equipes que fazem levantamentos em hospitais quanto a pacientes que estão nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sala de emergência. São elas: a Organização de Procura de Órgãos e Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante.

Quando é constatada a morte encefálica de um paciente em Rondônia, órgãos como fígado, rim, tecido e córnea são ofertados a uma ‘central de transplantes’ estadual.

Os demais órgãos são disponibilizados à Central Nacional, que fará a distribuição deles às equipes de transplante do país.

A enfermeira Renata Restier explicou ao g1 que, após a morte cerebral ser confirmada, os parentes do paciente são comunicados. E é apenas a família que pode autorizar, ou não, a doação dos órgãos.

“No Brasil é obrigatória a autorização familiar, de até 4° grau, para a doação de órgãos. Uma vez que a família opta pela doação, inicia um processo árduo de manter esse paciente estável clinicamente para que não haja uma parada cardiorrespiratória, afinal ele está em morte e suas funções vitais estão sendo mantidas por aparelhos e medicamentos”, explica a enfermeira.

A partir do aval dos parentes do pacientes, inicia-se o procedimento da captação dos órgão e ofertas e aceitação por meio de compatibilidade do receptor.

“A Central Nacional então nos informa que o órgão foi aceito e a partir dessa informação nós preparamos a logística para a cirurgia de remoção, centro cirúrgico, equipe, materiais e insumos, prontuário, aeronave (quando as captações são em Cacoal)”, diz.

G1


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