Em sessão administrativa realizada nesta segunda-feira (24), o presidente do presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, Marcos Alaor Diniz Grangeia, informou aos demais desembargadores que determinou a investigação de um grupo, formado por servidores do próprio Poder Judiciário, denominado Black List e que estaria propagando termos racistas.
A revelação aconteceu após a aprovação de uma resolução sobre a política para reserva de vagas para negros no provimento de cargos em comissão e funções gratificadas do Judiciário, que acabou sendo aprovada com apenas dois votos contrários.
Durante a exposição da providência, o desembargador demonstra descontentamento e disse esperar punição dos envolvidos, caso as denúncias sejam comprovadas. “Um pequeno detalhe, eu coloquei no grupo de discussão e todos puderam ter acesso o quanto esse assunto é sensível e existe um grupo chamado black list formado por servidores do tribunal, que estou determinando a investigação em face dos termos racistas ali esculpidos. Me parece que o poder judiciário não pode se omitir a essa providência. Espero que as pessoas sejam encontradas, em tese é crime, e se for comprovada, devem ser punidas”, afirmou.
O jornal pediu à Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça mais detalhes sobre a investigação e onde o grupo atua.
No início da tarde, o Tribunal de Justiça se pronunciou oficialmente:
Nota oficial
Por meio de publicação veiculada em rede social, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, tomou conhecimento da suposta reação adversa à política afirmativa proposta no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, de cotas raciais para ocupação de cargos comissionados e funções gratificadas.
Considerando que as supostas manifestações podem caracterizar infração disciplinar e, também, crime, foi determinada a instauração de sindicância para apurar os fatos e responsabilizar eventuais envolvidos.