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Jaru, 26 de novembro de 2024

Tiro que matou dona de casa em ‘roubo’ pode ter sido disparado por genro da vítima, diz polícia

A Polícia Civil de Guajará-Mirim (RO) divulgou nesta semana que a dona de casa Júlia da Silva Tibúrcio, de 50 anos, pode ter sido morta pelo tiro disparado pelo genro dela, ao reagir uma tentativa de assalto no Bairro Nossa Senhora de Fátima. Na ocasião, o genro trocou tiros com os bandidos.

Durante uma entrevista coletiva nesta semana, o delegado de Polícia Civil responsável pelo caso, Lawrence Lachi, declarou que a possibilidade do próprio genro ter matado a sogra durante o tiroteio é real.

Porém essa hipótese só será comprovada após a conclusão do laudo pericial da Polícia Técnico Científica, que tem o prazo de até dez dias para ser finalizado, sendo que esses dez dias não são necessariamente contabilizados a partir da data do crime, mas conforme novas evidências e objetivos apreendidos são apresentados durante as investigações.

Os agentes do Serviço de Investigações e Captura (Sevic), junto com a Divisão de Homicídios, conseguiram identificar e prender os dois assaltantes um cúmplice que ajudou a orquestrar e a dar fuga para a dupla.

 

Crime ocorreu no dia 21 de julho em Guajará, RO (Foto: Júnior Freitas/G1)Crime ocorreu no dia 21 de julho em Guajará, RO (Foto: Júnior Freitas/G1)

Crime ocorreu no dia 21 de julho em Guajará, RO (Foto: Júnior Freitas/G1)

Os assaltantes foram identificados como Osvanildo Souza de Oliveira, de 22 anos, e André Silva de Souza, 18. Já o cúmplice foi identificado como Endrew Fernandes da Silva, 27. Os três suspeitos estão presos na Casa de Detenção e aguardam a decisão do Poder Judiciário.

 

“O caso está praticamente fechado. Temos três suspeitos presos, sendo os dois assaltantes e o comparsa. O revólver calibre 38 que os assaltantes usaram na prática criminosa foi apreendido com uma munição intacta e apresentando como evidência”, declarou.

Sobre a arma usada pelo genro da vítima, o delegado disse que durante as investigações iniciais foi descoberto que o rapaz não tem porte legal de arma de fogo e que a arma usada por ele é de uso restrito das forças armadas.

No local do tiroteio a Politec colheu seis cápsulas de uma pistola ponto 45, mas a arma não foi localizada.

“O genro da vítima foi alveja com dois disparos e devido ao seu estado de saúde ainda não foi ouvido. A única pendência nesse caso é exatamente localizar a arma usada por ele para reagir ao assalto, para que então seja feita um exame de comparação balística e possamos afirmar com base no laudo pericial de que arma saiu o disparo que matou a vítima Júlia. A possibilidade de o genro ter matado a sogra existe, mas não pode ser afirmada porque isso depende da conclusão dos trabalhos periciais”, explicou.

Relembre o caso

O crime aconteceu no Bairro Nossa Senhora de Fátima no último dia 21 quando dois assaltantes armados tentaram roubar a moto do genro da vítima (Júlia da Silva Tibúrcio), na frente da casa dela.

Ao perceber a chegada dos criminosos, o homem correu para dentro da casa e começou a trocar tiros com os dois suspeitos. Dona Júlia, que estava sentada no sofá assistindo televisão, acabou sendo atingida com um tiro nas costas e morreu na hora.

Durante o tiroteio, o genro da vítima conseguiu atingir um dos bandidos, mas foi baleado duas vezes, uma no abdômen e uma rosto; após a troca de tiros os assaltantes fugiram do local sem levar o veículo.

 

Ferido, o genro de dona Júlia foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Regional, mas devido à gravidade dos ferimentos teve que ser encaminhado para Porto Velho no dia seguinte.

Situação do genro da vítima

De acordo com as investigações da Polícia Civil, mesmo agindo em legítima defesa, o genro da vítima não tem porte legal de arma e posteriormente irá responder por porte ilegal de arma de fogo, mas responderá em liberdade.


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