Era uma vez uma menina apaixonada por leitura que publicou o primeiro livro aos nove anos, em Rondônia. Alice Grécia conta que se inspirou em momentos que ela passa com uma pessoa muito especial: a avó Geovana.
A ideia de criar um livro surgiu a partir de um projeto da escola que incentiva as crianças a serem escritores mirins. Da família veio bastante força para seguir com o objetivo. Um exemplo é um pequeno trecho do próprio livro intitulado de “A Vovó Geovana”.
“A minha avó tem um abraço bem quentinho e um jeito carinhoso. Ela sempre fala ‘siga seus sonhos, faça o que você deseja'”.
Aos nove anos, menina publica primeiro livro e incentiva outras crianças em RO — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
O pai de Alice, Giuliano Gali, foi o responsável por repassar para a filha a paixão pela leitura. Ele também já publicou um livro de poesias. Ver ela seguindo os mesmos passos enche o coração de felicidade.
“Eu vejo que isso dá um gás para o prazer, a relação dela com a leitura. Daí eu vejo o vocabulário dela expandindo, a imaginação. O meu sentimento é de alegria de ver minha filha florescendo dessa forma”, comentou com sorriso no rosto.
E pelo visto o livro da vovó Geovana não vai ser o único lançado por Alice. Ela já tem novos planos para o futuro, até mesmo para um livro escrito em conjunto entre pai e filha.
Por experiência própria, Alice deixa um recado para que as crianças abandonem um pouco as telas de celulares, computadores e jogos eletrônicos para se aventurar no mundo das histórias escritas.
“A vida não é só uma tela de televisão. O livro pode te ensinar outras coisas e pode te inspirar a fazer várias coisas. Espero que elas, ouvindo isso, possam se inspirar”, aconselha.
Desenvolvimento infantil na leitura
De acordo com o professor Célio Leandro, por a criança estar em fase de desenvolvimento, o direcionamento do que ela deve fazer é muito importante, principalmente por parte da família.
“É importante que a família comece a dar exemplos. Fazer um livro, uma revista, um gibi, alguma coisa para despertar na criança esse sentimento de produção’, aponta.
E não é preciso muita coisa, segundo ele. Utilizar o que o estudante tem, seja o próprio material didático e fazer parte da rotina escolar da criança, sempre questionando e incentivando sobre os temas retratados na sala de aula.
“A partir daí vai despertar na criança o sentimento de produção, de conhecimento e de curiosidade. A criança é sempre curiosa, então tem que usar isso como ferramenta ao nosso favor”, orienta.