A Justiça de Rondônia determinou a quebra de sigilo telefônico de Ronaldo dos Santos Lira, principal suspeito da morte da adolescente Laryssa Victória em Ouro Preto do Oeste (RO). A informação foi confirmada à Rede Amazônica pelo delegado Niki Locatelli, que investiga o caso.
Segundo a polícia, além do celular serão apurados os conteúdos de um notebook, de um cartão de memória e de dois pendrives que foram encontrados na casa do suspeito.
Os investigadores informaram que já têm uma linha muito forte da possível motivação do crime e através da quebra de sigilo, a polícia acredita que pode confirmar essa motivação.
O g1 tenta localizar a defesa do suspeito.
Entenda o caso
O corpo de Laryssa Victória, de 17 anos, foi encontrado no dia 20 de março em uma cova no quintal da casa de Ronaldo dos Santos Lira, que é assistente social em Ouro Preto. Ele foi preso em flagrante.
A suspeita é que Ronaldo matou a vítima usando um objeto perfurocortante e depois a enterrou na cova. Ao g1, o delegado Niki Locatelli afirma ter encontrado possíveis vestígios de alterações na cena do crime.
A menina estava desaparecida há dois dias. Ela saiu na noite da sexta-feira (18) para se encontrar com amigas, mas não voltou para casa. O pai da adolescente relata que procurou ela durante a madrugada e também no dia seguinte, mas não encontrou.
A polícia começou a investigar o desaparecimento e encontrou imagens de câmeras de segurança mostrando a jovem na companhia de um homem, de 36 anos, identificado como Ronaldo dos Santos Lira.
O vídeo abaixo mostra o momento em que a adolescente caminha pela avenida Daniel Comboni, com Ronaldo e outra pessoa que não teve a identidade revelada pela polícia. Em determinado momento, a pessoa se separa deles e o suspeito segue o caminho sozinho com a vítima.
Essas outras imagens mostram a vítima cambaleando e quase caindo, sendo puxada pelo suspeito por ruas do bairro Colina Park. Uma das linhas de investigação tenta descobrir se a adolescente foi drogada.
Jovem é puxada por suspeito
Ao redor da casa do suspeito não há muros. Os investigadores, em visita ao local, notaram que parte da terra do quintal estava mexida e do lado de fora da casa havia um colchão queimado.
“Essa terra fofa, mexida recentemente, chamou a atenção dos investigadores, onde suspeitaram que no local poderia estar o corpo da adolescente. Diante dessa suspeita, dei a ordem para entrar e escavar a terra mexida. A gente localizou o corpo ali”, relatou o delegado.