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Jaru, 24 de novembro de 2024

Marcos Rogério rifa o aliado Expedito Júnior, e negocia Senado com MDB

A semana termina com o clima político tenso, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mantendo os efeitos da Lei da Ficha Limpa contra políticos condenados, obrigando o realinhamento de forças em Rondônia. O fato mais surpreendente foi a decisão do senador Marcos Rogério (PL) – não àquela de falar publicamente sobre sua pré-candidatura ao Palácio Rio Madeira, posto que o parlamentar estava apenas aguardando o desfecho do caso Ivo Cassol para tomar uma atitude -, mas de rifar seu companheiro e um dos grandes entusiastas do projeto de sucessão, o ex-senador Expedito Júnior.

Para reconquistar o tempo perdido, Marcos Rogério disparou ligações, manteve conversas e fez algumas promessas de acordos. Em um deles, garantiu a vaga de pré-candidato ao Senado em sua chapa ao deputado federal Lúcio Mosquini para atrair os quadros do MDB, legenda organizada com dezenas de vereadores, prefeitos e uma militância aguerrida. Como o parlamentar não está interessado na vaga, explicou ao senador que prefere uma boa nominata para Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Marcos Rogério causou a ruptura do grupo vitorioso das últimas eleições por um mero capricho. Defensor do presidente Bolsonaro na CPI da Pandemia, ele esperava um “regalo” do Palácio do Planalto na forma de uma indicação ao Ministério das Minas e Energia ou Agricultura, e na pior das hipóteses, a liderança do Governo no Senado. Nem uma coisa, nem outra. Há três meses, o Governo Bolsonaro coleciona derrotas no Senado, e foi necessária a intervenção de Flávio Bolsonaro para mitigar as vulnerabilidades palacianas na Câmara Alta do Congresso.

Como embromou demais, a maior liderança do grupo, o prefeito reeleito Hildon Chaves, resolveu tomar para si a responsabilidade de conduzir as negociações políticas. Foi oferecida uma janela ao ex-senador Expedito Junior, mas por orgulho, ele recusou, achando que poderia confiar mais uma vez em Marcos Rogério, uma grande ilusão. O parlamentar, caso venha mesmo concorrer a governador, não pensará duas vezes em negociar a vaga ao Senado, prometida ao ex-companheiro. Restou a Expedito estimular uma candidatura do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, e rachar definitivamente seu grupo político.


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