Jaru Online
Jaru, 29 de novembro de 2024

Um registro feito por um empresário catarinense mostrou uma piscina com “ondas” dentro de um triplex no 30º andar de um prédio de Balneário Camboriú, no Litoral Norte. A oscilação registrada na quinta-feira (19) ocorre por conta do vento e o edifício é projetado para o fenômeno.

Autor das imagens, Patrick Biazotto disse que foi até o espaço para negociar o apartamento, localizado na Avenida Atlântica. Ele publicou as imagens nas redes sociais enquanto fazia uma visita ao imóvel.

Registro foi feito pelo empresário em Balneário Camboriú (SC) — Foto: Empresário Sócio proprietário da Swaps Tecnologia Imobiliária Patrick Biazotto/Reprodução

Registro foi feito pelo empresário em Balneário Camboriú (SC) — Foto: Empresário Sócio proprietário da Swaps Tecnologia Imobiliária Patrick Biazotto/Reprodução

Explicação

Segundo o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC), Carlos Alberto Kita Xavier, as ondulações na água da piscina fazem parte da oscilação causada pelo efeito do vento sobre a estrutura.

Segundo ele, as estruturas mais altas são mais sensíveis, mas é nelas que a engenharia trabalha para minimizar os efeitos e proteger a estrutura, os usuários e o entorno.

“É preciso considerar que o movimento é calculado para a estrutura da edificação, material sólido. Quando esse movimento incide sobre um líquido, no caso a água das piscinas, por efeito de diferenças das massas, acaba gerando ondas na água. As imagens podem até assustar, mas nem de longe representam movimento esperado para a estrutura”, afirma o engenheiro Carlos Alberto.

Piscina de prédio em Balneário Camboriú (SC) — Foto: Empresário Sócio proprietário da Swaps Tecnologia Imobiliária Patrick Biazotto/Reprodução

O fenômeno é natural e desejável, já que todos os edifícios precisam ter algum nível de oscilação, ainda que ela não seja percebida. Esse movimento evita que o prédio tenha danos estruturais causados pelo vento, como fissuras.

O nível de oscilação é considerado não apenas para projetar a estrutura propriamente dita, mas também para tubulações e esquadrias. Quanto mais alto o edifício, maior o balanço.

“Nos edifícios mais altos, esse efeito é potencializado e precisa ser previsto em projeto a fim de que não surjam danos estruturais. Cada vez que o vento incide sobre um objeto, parte de sua energia se transfere ao objeto. A quantidade de energia transferida é chamada de fator de resposta de rajada. Quanto mais esbelta, mais fina, for a estrutura, maior será a sua resposta dinâmica ao vento. Sob a ação de uma rajada, o objeto se desloca primeiro no sentido da ação do vento, e, em seguida, no sentido oposto. E ai surge a oscilação”, conclui.

 

 


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