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Jaru, 22 de outubro de 2024

3 fatores que nos fazem dormir mesmo contra a nossa vontade

Você é daqueles que vive com sono e lutando para não dormir nas aulas, reuniões ou durante o trabalho? A pesquisadora Melinda Jackson, do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, explicou o motivo de muitas vezes pegarmos no sono mesmo contra a nossa vontade, e você pode descobrir quais são eles a seguir:

Fatores que estimulam a sonolência

Segundo os cientistas, existem vários elementos que podem nos deixar mais sonolentos durante o dia, como o uso de determinados medicamentos e a presença de problemas de saúde. No entanto, além de aspectos externos, basicamente, existem três fatores que podem nos deixar sonolentos durante o dia:

  • o tempo que levamos acordados;
  • a hora do dia;
  • o tempo que levamos em determinada atividade.

1 – Tempo desperto

O primeiro fator é bastante óbvio, pois, quanto mais tempo levarmos acordados, mais vontade teremos de deitar a cabeça no travesseiro para descansar.

2 – Relógio biológico

Os nossos níveis de alerta variam no decorrer do dia refletindo o ritmo circadiano — ou relógio biológico —, sendo que as maiores quedas de atenção ocorrem às 4 da manhã, aproximadamente, e no meio da tarde.

3 – Estímulo

Ademais, o nosso desempenho também cai se passarmos muito tempo na mesma atividade, especialmente se ela for repetitiva e pouco estimulante. Assim, imagine ter que enfrentar uma reunião interminável, aula monótona ou, ainda, uma tarefa de trabalho maçante e que parece não ter fim.

Adicione a isso a falta de sono, seja por conta de dificuldades para dormir, existência de distúrbios — como narcolepsia, hipersonia ou apneia — ou baladinhas de mais… aí não há quem aguente ficar acordado mesmo!

Mecanismos cerebrais

O sono é um processo que ainda não foi completamente desvendado pela Ciência, mas estudos apontam que existem regiões no cérebro que empregam determinadas substâncias (como a serotonina, por exemplo) para nos manter alertas, enquanto outras áreas se ocupam de monitorar os níveis de sono — e de nos “derrubar” quando esses níveis se tornam altos demais.

Esse mecanismo funciona mais ou menos como se fosse um interruptor, assim, quando as áreas que monitoram o sono entram em ação, elas bloqueiam a atividade das regiões responsáveis por nos manter alertas e, até onde se sabe, o interruptor só tem a chavinha de “liga/desliga”. Isso significa que, antes de nos sentirmos despertos novamente, toda a sonolência precisa ter sido dissipada.

Controlando interruptor

Os cientistas acreditam que o “interruptor” do sono é controlado por um pequeno grupo de células nervosas conhecidas como núcleo pré-óptico ventrolateral. Essas estruturas vão desaparecendo conforme envelhecemos, e esse poderia ser um dos motivos de a qualidade do sono decair com a idade.

Mas, em pessoas jovens e saudáveis, estudos recentes apontaram que o neurotransmissor hipocretina pode permitir que a ação do centro do sono seja inibida — e que pode ser ele quem entra em cena quando nos obrigamos a ficar acordados, resistindo à tendência natural de adormecer.

De qualquer forma, mesmo com a manipulação de substâncias produzidas pelo cérebro ou com o uso de compostos estimulantes — como é o caso da cafeína —, a verdade é que, de momento, o processo que induz à sonolência foge ao nosso controle. E quando ele se instala, não adianta resistir, pois, o desempenho cai, os níveis de atenção despencam, e nós sequer somos muito bons em prever exatamente quando vamos, finalmente, nos entregar ao sono.


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