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Jaru, 28 de março de 2024

Rondônia registrou 12 notificações para microcefalia desde 2013, diz Agevisa

Rondônia registrou 12 casos notificados para microcefalia desde 2013. Segundo a Agência de Vigilância Sanitária de Rondônia (Agevisa), nenhum deles tem relação confirmada com o zika vírus até o momento. Todas as notificações são comunicadas ao Ministério da Saúde, sem exceção. A primeira notificação de microcefalia de 2016  foi registrada no último dia 27 de janeiro em Vilhena.

Oficialmente, um caso foi registrado em 2013; quatro casos em 2014 e sete em 2015. Segundo o coordenador do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Agevisa (Cievs), Sid Orleans, o critério do estado para notificar o ministério está relacionado, principalmente, ao perímetro cefálico do bebê.

“Se for constatado que a criança apresenta perímetro cefálico abaixo ou igual a 32 cm, a secretaria já notifica”. Além disso, a agência informa quando a deformação é detectada na na ultrassom obstétrica durante o pré-natal, ou em casos que a mãe não fez pré-natal e apresentou doenças “exantemáticas” (sarampo, rubéola, catapora, dengue e zika).

Conforme Orleans, todas as maternidades públicas e privadas do estado estão mobilizadas para que os profissionais façam aferição do perímetro cefálico do bebê, logo após o parto.

Dados desde 2008
A Secretaria disponibilizou dados de casos notificados de 2008 a 2015. Em 2008, foram notificados dois casos. Em 2009, nenhum caso foi registrado ao passo que em 2010, foram registrados três. Em 2011, novamente nenhum caso foi notificado e em 2012, foram registrados três casos.

Para Orleans, o motivo do aumento das notificações em 2015 é devido ao alerta nacional em que o país se encontra por causa da doença.

Ele explica que como a situação é de crise, os profissionais de saúde tendem a ficar mais atentos e registram o caso logo após detectar qualquer evento anormal, o que acaba resultando em mais notificações.

Microcefalia
​A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com um crânio do tamanho menor do que o normal – com perímetro inferior ou igual a 32 centímetros. A condição normal é de que o crânio tenha um perímetro de pelo menos 34 centímetros. Essas medidas, no entanto, valem apenas para bebês nascidos após nove meses de gestação e não são referência para prematuros.

Na maior parte dos casos, a microcefalia é causada por infecções adquiridas pelas gestantes, especialmente no primeiro trimestre de gravidez, que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. De acordo com os especialistas, outros possíveis causadores da microcefalia são o consumo excessivo de álcool e drogas ao longo da gestação e o desenvolvimento de síndromes genéticas, como a síndrome de Down.


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