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Jaru, 26 de abril de 2024

Relatório da CPT mostra Rondônia em primeiro lugar em assassinatos no campo

Documento da Comissão Pastoral da Terra foi divulgado em Manaus. Trinta tentativas de homicídios também foram registradas.

Publicação da Comissão Pastoral da Terra mostra que de 50 assassinatos no campo, 47 foram na Amazônia (Antonio Menezes)Publicação da Comissão Pastoral da Terra mostra que de 50 assassinatos no campo, 47 foram na Amazônia (Antonio Menezes)

 

O relatório “Amazônia, um bioma mergulhado em conflitos” foi divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta segunda-feira (29), em Manaus.  O documento aponta que quase 50 assassinatos ocorreram em conflitos rurais na Amazônia em 2015.

De acordo com o levantamento, das 144 pessoas que receberam ameaças de morte no campo durante o último ano, 93 estão na região Norte. Trinta tentativas de homicídios também foram registradas.

“Nesses conflitos, analisamos fatores como: o contexto no qual essas histórias aconteciam, qual era a situação do estado, o histórico desses tumultos, as famílias que moravam lá, que organizações estavam envolvidas e a quem enfrentavam”, diz Josep Iborra, membro da Articulação das CPT’s da Amazônia.

Entre os assassinatos apontados, 20 foram em Rondônia, 19 no Pará, 6 no Maranhão, um no Amazonas e outro em Mato Grosso. Ao todo, o relatório da CPT reúne dados de nove conflitos ocorridos na Amazônia.

Segundo o integrante da coordenação nacional da CPT, Ruben Siqueira, são vários os fatores que justificam a existência de confrontos rurais na Amazônia. “Nós temos o restante de terra agricultável que existe no mundo, água, biodiversidade ainda muito pouco conhecida, madeira e, principalmente, minério. Muitas vezes, a grande riqueza da Amazônia está concentrada no subsolo”.

Evento

O lançamento do relatório ocorreu no Instituto de Teologia Pastoral de Ensino Superior da Amazônia (ITEPES), no bairro Chapada, Zona Centro-Sul de Manaus, e contou com a participação de Josep Iborra, da Articulação das CPT’s da Amazônia; padre Zenildo Lima, da Arquidiocese de Manaus; Ruben Siqueira, da coordenação nacional da CPT; e Gerson Priante, viúvo da líder Dora Priante – assassinada no município de Iranduba em 2015.

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