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Jaru, 19 de abril de 2024

Polícia pede reconstituição no caso de jovem grávida que morreu ao ser baleada em frente à boate

A Polícia Civil de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, divulgou nesta sexta-feira (15) que solicitou o pedido à Polícia Técnico-científica (Politec) para realizar a reconstituição no caso da adolescente Luaine Cerqueira Nascimento, de 16 anos. Ela estava no oitavo mês de gestação e morreu após ser atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça durante um tiroteio na frente de uma boate do município. O bebê também não resistiu.

Segundo a Polícia Civil, o autor dos disparos trata-se de um policial militar que realizava a segurança do estabelecimento. Ele está preso no Complexo de Correição da Polícia Militar (PM) em Porto Velho e retornará à Ariquemes para a realização do procedimento investigativo, que ainda não possui data definida.

Ao G1, o delegado regional Rodrigo Duarte diz que a reprodução simulada dos fatos foi solicitada e a expectativa é de que o militar colabore com o procedimento, mesmo ele alegando não se recordar completamente de toda a dinâmica, mas a presença dele é de suma importância, até por conta de uma questão de defesa.

“Pretendemos realizar o mais breve possível já com as testemunhas que depuseram no inquérito e com o auxílio da perícia para gente identificar o local de onde ele teria disparado, se a trajetória da bala coincide, a distância que ele estava da vítima, a altura do disparo e a posição que a vítima estava. Tudo isso vai influenciar na culpa ou não do suspeito”, detalha.

Para Rodrigo Duarte, mesmo com o policial preso e sendo indiciado pelos fatos, a reconstituição traz a exigência para esclarecer de forma mais precisa, pois existem duas versões referentes ao momento dos disparos efetuados pelo policial na frente da boate.

“A primeira versão é de que esses disparos teriam sido feitos de forma inadvertida em meio a uma multidão. E a segunda, já relata que o autor do disparo estaria em luta corporal com outra pessoa, havia acontecido uma briga e nós não conseguimos ainda identificar ao certo quem seria esta outra pessoa que estava em luta corporal”, comenta.

 

O delegado ainda informou que será instaurado um inquérito em apartado para investigar se o atendimento do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi prestado da forma devida ou indevida. Conforme a família da jovem, a equipe de socorro não prestou o atendimento de forma correta, o que contribuiu para que o bebê também viesse a óbito.

“O atendimento nós não poderíamos esmiuçar por meio das oitivas por conta do prazo da conclusão do inquérito ser muito curto. Desta forma, vai ser instaurado um inquérito complementar para esclarecer com detalhes e de forma minuciosa todas estas circunstâncias”, declara.

O caso

A jovem de 16 anos morreu no dia 2 de setembro após ser baleada na cabeça em um tiroteio na frente de uma boate localizada na Avenida Capitão Sílvio. Segundo familiares, Luaine chegava no local com o esposo para buscar um amigo quando houve uma briga envolvendo um policial, que fazia a segurança do local.

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