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Jaru, 18 de abril de 2024

Petróleo cai abaixo de US$ 30 nos EUA pela 1ª vez em 12 anos

Os preços do petróleo voltaram a cair nesta terça-feira (12), com o barril sendo cotado nos Estados Unidos abaixo dos US$ 30 o barril pela primeira vez em 12 anos.

Em Nova York, os preços chegaram a atingir US$ 29,93 o barril, a menor cotação desde dezembro de 2003, segundo a Bloomberg.

Já em Londres, o barril do Brent (principal referência internacional) chegou a cair a US$ 30,34.

No ano, as perdas já chegam a 20% diante de preocupações sobre a desaceleração da demanda chinesa e a ausência de contenção na produção e oferta global da commodity.

No Brasil, as ações da Petrobras caíram mais de 8%, sendo negociadas abaixo de R$ 6 perla primeira vez desde 2004.

O derretimento dos preços tem gerando tensões dentro da Opep – grupo de 12 países produtores de petróleo, a maioria no Oriente Médio – e obrigando os gigantes do setor a suprimir empregos, como ocorreu com o grupo petroleiro britânico BP que anunciou nesta terça-feira sua intenção de eliminar 4.000 empregos em todo o mundo dentro de dois anos.

“Há alguns meses, o limite dos 30 dólares parecia completamente improvável. Hoje, já está ao alcance e, por isso, pode continuar caindo”, afirmou Christopher Dembik, analista do Saxo Banque.

O Morgan Stanley alertou na véspera que uma maior desvalorização do iuan pode levar os preços do petróleo em uma espiral para a faixa de US$ 20 a US$ 25 por barril, ampliando a queda de quase 15%.

Tensões
A desvalorização também afeta os orçamentos dos países produtores: os mais dependentes de seu petróleo são obrigados a adotar dolorosas medidas de austeridade, como a Venezuela, em plena crise política, ou a opulenta Arábia Saudita, passando pela Rússia ou Argélia.

Os olhares críticos se voltam cada vez mais para a Arábia Saudita, que tem sido acusada de inundar de propósito o mercado para preservar sua participação de mercado, defendendo-se, assim, dos produtores de petróleo e de gás de xisto americano, e do Irã, que voltará ao mercado com suas exportações assim que forem levantadas as sanções internacionais contra Teerã.

Os membros da Opep mantêm divergências sobre a necessidade ou não de intervir para conseguir uma recuperação das cotações, apesar das demandas neste sentido da Venezuela, Argélia ou Nigéria.

Em sua reunião anterior de dezembro, a Opep decidiu manter inalterada sua produção de petróleo, que já por si é superior à cota oficial que o cartel fixou, o que também contribuiu para acelerar a queda das cotações.

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