Morre a segunda vítima atacada por pecuarista ciumento

Morreu na noite de domingo (15), o pintor Márcio Júnior Ferreira, de 31 anos, a segunda vítima do pecuarista Cezar dos Santos, de 40 anos, que assassinou a ex-mulher Cleiziane Dias da Silva, de 31 anos, a golpes de coronhada na cabeça. Márcio foi atingido por um disparo de arma de fogo no peito. O crime ocorreu em Mirante da Serra.

Segundo a polícia, o pecuarista, inconformado com a separação, apareceu de surpresa na residência onde as vítimas moravam e armado com uma pistola disparou um tiro contra Márcio, em seguida agarrou a ex-mulher pelos cabelos, arrastou-a para o quintal da casa e, em estado de fúria, desferiu golpes contra a cabeça dela sem piedade e deixou cravada uma peça de metal da arma no peito da vítima. Durante o dia, testemunhas contaram que o pecuarista estava à procura do casal por toda a cidade.

Cezar matou a ex-esposa a coronhadas de pistola provavelmente porque a arma falhou na hora que ele apertou o gatilho e, num ato de selvageria, estourou o crânio da ex-companheira.

Cleiziane foi socorrida ao Hospital Municipal de Mirante da Serra e não resistiu aos ferimentos, enquanto Márcio atingido no peito foi transferido para o Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro), passou por cirurgia e a família recebeu a notícia do seu falecimento as 20 horas de domingo.

Cezar e Cleiziane estavam separados judicialmente, tinham feito partilha de bens, mas o pecuarista não aceitava o fato de sua ex estar morando com Márcio Júnior que era jogador de futebol amador e trabalhava como pintor na cidade de Mirante da Serra. Testemunhas e amigos do casal, contaram que, como Márcio e Cleiziane vinham recebendo ameaças constantes eles estavam planejando se mudar para fora do Brasil, e providenciando passaporte para viajar para a Espanha.

Enquanto viveram juntos, Cezar e Cleiziane tiveram dois filhos, hoje com 13 e 15 anos. Márcio também tinha um filho pequeno, fruto de um outro relacionamento. O crime causou muita comoção na cidade de Mirante da Serra e há um sentimento de revolta com a atitude tomada pelo criminoso.