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Jaru, 20 de abril de 2024

“Minha filha queria ser médica para salvar vidas, e vai fazer isso depois de morta”, diz mãe de modelo que morreu em Vilhena

Na casa simples, mas aconchegante do Setor Embratel, a mãe da garota de 17 anos que morreu ontem em Vilhena e despertou intensos debates sobre casos de suicídio na cidade, recebeu a imprensa de um site local para uma pequena entrevista.

Chorando muito, a supervisora de lavanderia do frigorífico JBS Friboi em Vilhena, Marizita Castro do Nascimento, 40 anos, começou a conversa fazendo um desabafo: “Me entristece muito essa boataria de que a minha filha se matou porque estava grávida. O que a levou a isso foi a depressão, que eu infelizmente, por ser leiga no assunto, não percebi a tempo”.

Marizita disse que, desde os 14 anos, a filha apresentava algumas atitudes diferentes: “Começou a gostar de ficar isolada e em alguns momentos se irritava com facilidade. Mas, fora isso, era uma boa menina, responsável e batalhadora. Não dava trabalho”.

A mãe conta que só compreendeu o transtorno da filha quando uma equipe de saúde mental da prefeitura conversou com ela. Mas a orientação só veio após a tragédia familiar. “Eles me entrevistaram e descreveram os sintomas da depressão. Percebi que tudo encaixava no comportamento da Vânia. Mas eu achava que era coisa de adolescente. Por isso, aconselho aos pais que fiquem atentos”.

 

Sobre a doação dos rins e córneas da jovem, que serão retirados amanhã, Marizita explica a decisão de autorizar que eles sejam transplantados. “Minha filha dizia que gostaria de ser médica para salvar vidas. Agora, ela vai salvar alguém, mesmo já tendo partido”, finalizou, tentando conter o choro. Sem conseguir.

Confira a entrevista da Irmã: Irmã de modelo morta em Vilhena conta detalhes da tragédia que ainda comove a cidade

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